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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

QUERIDO 2016


Seja flexível, complacente.
Chegue muito paciente.
Não copie os precursores
Não voe, fazendo horrores.

Se tem que passar, passe!
Mas com cuidado e esmero.
Se não tem um norte: Trace!
Mas passe com muito zelo.

2015 voou
Mal lembramos seu fevereiro
Pudera, ele tropeçou.
Foi um ano traiçoeiro

Se não quer passar, paciência
Até dezembro pode ficar
Será a sua eloquência
Que nos fará te lembrar

Nos traga dignidade
Bons exemplos e honradez
Nos mostre a realidade
De um mundo com sensatez

Nos traga bons estadistas
Nos torne bons eleitores
Não queremos elitistas
Mas nobres Governadores

Se ao fim, não fores de ouro
Dê-nos a esperança
Que o 17 vindouro
Virá como a bonança

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

CRÔNICAS DA VIDA REAL: LIVROS, FILHOS, NETOS E HISTÓRIAS DA VIDA


Acredito que eu tenha começado a me apaixonar pela LEITURA lá pelos idos de 1972. Certamente, algumas influências básicas podem ajudar a explicar meu amor pela leitura:


  • Desde que me lembro como gente, presenciei e acompanhei Papai mergulhando, navegando ou flutuando dentro de livros maravilhosos, todos os dias, no "alpendre" de casa. As viagens de meu pai eram fantásticas; e eu embarquei com Ele tantas vezes, que talvez conhecesse decor as posições dos livros na estante;
  • Eu também via chegar livros em casa corriqueiramente, porque minha irmã e madrinha (Goretti), então com 14 anos, tinha aderido ao CLUBE DO LIVRO. Assim como Papai, ela também devorava livros, diariamente; e não se importava que eu embarcasse nas histórias e me encantasse com suas narrativas e personagens;
  • Por fim, naquela época muitas escolas públicas adotaram os livros da SÉRIE VAGA-LUME, como base das aulas de literatura estudantil. Uma sacada de grandes educadores, porque os livros eram mesmo fascinantes. E sempre serão!

A SÉRIE VAGA-LUME foi o meu primeiro mergulho na literatura, com saltos ornamentais. Entre 1972 e 1973, livros como "O CASO DA BORBOLETA ATIRIA", "O ESCARAVELHO DO DIABO", "A ILHA PERDIDA" e "ÉRAMOS SEIS", eram o deleite dos jovens devoradores de páginas, levando-nos ao delírio e fascinação!

Nos anos que se seguiram, dezenas de outros livros, de autores brasileiros, foram incorporadas à SÉRIE. E devorados em série, nas séries das salas de aula! Mas o que nos prende ao cerne dessa narrativa é outro intento: Em 1943, MARIA JOSÉ DUPRÉ publicou "ÉRAMOS SEIS", um livro sobre Dona Lola, seu esposo Julio, e os 04 filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel.

Quando ÉRAMOS SEIS foi lançado pela SÉRIE VAGA-LUME, em 1972, passava na TV TUPI a novela VITÓRIA BONELLI, retratando a vida de uma viúva, mãe de 04 filhos (Tiago, Mateus, Lucas e Verônica), que dá uma reviravolta na própria vida para garantir a sobrevivência de sua família.

E a partir então, acredito que eu já sonhava ter 04 filhos, pra escrever meu próprio romance real. Mais tarde, quando me casei, esperei pela chegada da Verônica. Não a tive, mesmo porque a década de 90 não permitia mais a divina irresponsabilidade de se ter 04 filhos. Mas vieram os meninos (Lucas, Mateus e Tiago).

Durante anos acreditei que Eu e meus 05 irmãos "ÉRAMOS SEIS". E mamãe parecia fazer fácil a missão de ser um somatório de VITÓRIA BONELLI e DONA LOLA, pela luta, persistência, perspicácia e instinto materno!

ÉRAMOS SEIS filhos na casa de meus pais. Apenas 03 filhos geraram netos pra minha mãe. Papai partiu em 25/10/1998 e minha irmã Madalena, Papai do Céu levou aos 31/05/2015. Cada um dos 03 irmãos genitores tiveram 03 filhos. Excetuando os meus, ainda jovens, os demais 06 já se casaram, e um deles já presenteou nossa mãe com dois bisnetos.

Filhos (e filhos dos filhos) que se casam trazem consigo sogros, sogras, cunhados. E ainda os pares e filhos de cada novo ramo que se agrega à árvore de nossas vidas! E é assim que as famílias atendem ao chamado das escrituras, Crescendo e multiplicando! Talvez seja isso, essa multiplicidade de almas, vidas e sorrisos que vamos colocando no bornal de nossa caminhada, que me faz recordar quando "ÉRAMOS SEIS".

E como se minha mãe tivesse partido dos SEIS guerreiros de DUPRÉ, percebo, com muito orgulho, que marchamos irredutíveis e irrefutáveis para chegar aos TREZENTOS, como os guerreiros de ESPARTA, como muitos livros ainda por devorar; e histórias pra contar!