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segunda-feira, 4 de abril de 2016

QUANDO VOCÊ PASSA, SINTO CHEIRO DE CHUVA

Quando você passa, sinto cheiro de chuva!

Cheiro de terra molhada, de semente querendo brotar; cuja esperança de florescer acaba de ser renovada pela pequena gota que lhe agasalhou a inteira dimensão existencial.

Cheiro de gota de chuva ladeando matreira a encosta do nariz! Fazendo do meu rosto tobogã de boas lembranças!

Quando você não passa, sinto cheiro de estiagem! De capim seco, de fome, de sede e de boca seca! Sinto cheiro de chuva que precisa chegar, renovando as encostas e cobrindo a terra com tenro e suave cobertor de vida!

Interpreto a conexão de minha estiagem e suas águas como "vontade de fazer amor". Mas não dou asas à imaginação, porque o vento te levou as nuvens!

Quando você passou a 1a vez, Eu estava inerte! Semente fechada! Protegendo minha perpetuidade, mas sem intuito de acordar! Só a chuva acorda as sementes! E o sol as faz prosperar! Semente sem chuva e sol é como estrela no mar na areia, sem esperanças que uma onda lhe colha novamente a vida!!!

Quando você passa, e o cheiro de chuva me rodeia, me permeia, me preenche, me inunda (...), penduro na janela as flores que morrem no meu jardim, na esperança que sua ESSÊNCIA me ajude a reviver a parte fundamental de minha existência, que padece dentro de mim!!!