Traduzir esta página

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

VINHOS, CARNES, QUEIJOS, PÃES (...) E outras maravilhas que produzimos


Eu desejo que Deus proporcione, aos meus amigos e a mim, experiência tão milagrosamente singela como conhecer a França e suas regiões produtores de Vinhos e Champanhes. E tantas outras regiões do mundo que produzem tantas outras coisas. Ele guarda por seus mistérios para o homem e tantas outras o homem descobre e desenvolve por ter sido feito à Sua imagem e semelhança.

Só de imaginar a topografia do Planeta dá arrepios na espinha, tamanha a diversidade de lugares MARAVILHOSOS que a Natureza dispôs pra contemplarmos, conservarmos e usufruirmos.

Às vezes também me pergunto pra que tantos morros e elevações se tudo poderia ser plano e no nível do mar? Uma explicação eu arrisco: Pra que tivéssemos o VINHO!!!........Se não é isso, então tente explicar:
  1. Pra que tamanha diversidade de frutas e grãos?? Imagine apenas a oliva, o milho e o trigo, de onde extraímos o azeite, os pães, e tantas outras guloseimas?
  2. Porque tantos animais que domesticamos, de onde extraímos leite e carne?
  3. Quer humildade mais singela que o Petróleo? Porque Deus o teria inventado há MILHÕES de anos, se só precisamos dele há 02 centenas?
  4. E a singularidade rara da pipoca, cujo envólucro desabrocha em explosão violenta frente o fogo?
Se o UNIVERSO "bolou" tudo isso, porque nós mesmos não teríamos capacidade de transformar ou substituir:
  1. Primeiro a uva em vinho, o trigo em pão e a oliva em azeite;
  2. O fogo por microondas;
  3. Nossas artes, alegrias e sorrisos em programas de TV; e
  4. Finalmente, o leite em infinitos sabores de queijos.
Mas se algum amigo já foi a FRANÇA, ao Chile, a Nova Zelândia, a Califórnia, a Africa do Sul, a Portugal, nada mais justo que peguemos nossos veículos, movidos pelo petróleo, e nos dirijamos a um lugar comum, onde possamos ouvir pessoalmente essas aventuras, degustando queijos, carnes e vinhos, com um belo pão mediterrâneo regado ao azeite. 

Enquanto nossas crianças e filhos se deliciam em pipocas, tabloides e programas de televisão!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

EMBALAGENS E CONTEÚDOS


Queria te descobrir sem conhecer, sem provar, sem sentir o cheiro, sem me atrair pelo olhar nem pelas curvas. Pois a beleza é passageira, mas o conteúdo é eterno.

Que não fosse como uma caixa de bombons (seja qual for o rótulo), cujo conteúdo, ainda que variável e diversificado, já tenhamos degustado várias vezes. Mas como um único gole de café, cuja intensidade e sabor pode variar em cada garrafa e cada cafeteria.

Eis que já me vi só, num barco a deriva em nevoeiro pesado. Sem rumo, sem bússola, sem norte, sem ancoradouro. E eis que dissipada a cerração me deparo com uma ilha frondosa de sombras, farta de alimentos, de praias paradisíacas e águas calmas e cristalinas. Ali eu ancorei.

Não sei se as marés do destino me ancoraram em você, ou se suas terras férteis influenciaram as correntes do mar que insistia me acorrentar nas águas.

O que me atraiu foi a beleza. Mas o que me reteve foi o conteúdo. Tamanha a intensidade, que mesmo anos depois de explorar suas trilhas e seus mistérios, sempre te vejo como inquietante salvação.

Sua embalagem me fascina. Mas é no seu conteúdo que o destino me permitiu descobrir os melhores sabores da vida.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

MINHA FAMÍLIA, SUA FAMÍLIA - ESSAS ETERNAS OBRAS EM ANDAMENTO



É na certeza das tuas escolhas que eu repouso minha inquietação. É na retidão do caráter de vocês que eu fixo a minha mira. Porque filhos retos e dignos são reflexos de pais esforçados.

E ainda que me sobrem décadas, me falta competência para ser igual ou melhor que a carne da minha carne. Ainda que lhes falte idade, sobra em vocês o que de bom soubemos (Eu e sua Mãe) lhes incutir: VALORES E VIRTUDES.

Cada tijolo que moldei, cada tronco que carreguei, cada lágrima que recusei, cada gota de suar que lastimei, tinha um objetivo: construir as pontes que os levariam e levarão além das águas que me retiveram. Cada calo nascido, cada sapo engolido, cada livro lido, cada caderno preenchido, cada verso rimado, cada texto chorado, cada boa ideia, inspirou os discursos que lhes proferi, as ralhas que lhes ofendi, os elogios que lhes direcionei, na tentativa de esclarecer uma dúvida, direcionar um caminho, ou decifrar uma inquietação.

Todos, a seu tempo e à sua maneira, eram matéria-prima da minha estrada, cujo quilômetro final se distancia a cada ponte que um de vocês soergue à minha frente (e já não sei contar quantas são).

O certo é que nós, pais, abrimos a picada e mostramos as próximas montanhas. E não só o que pode haver além delas, mas as oportunidades a serem exploradas em cada vale. Quando o salto é qualitativo e certeiro não há dor e sim alegria. Porque é a escolha de um filho, a realização de um pai e um simples plano de Deus.

Não há dúvidas que os filhos nascem com asas. Elas demoram a abrir, a decolagem é desengonçada, mas o voo é tão lindo quanto inevitável. Resta aos pais preservarem o ninho até o último filhote, mas também reforçarem as docas do porto, para que cada retorno seja sempre agradável, seguro e tão especial quanto a primeira decolagem.

As experiências de vida entre pais e filhos são como construções, onde ambos se misturam no ofício de edificar uma obra sempre em andamento. Muito há que ser dito em vida (porque é aqui o local do diálogo) e nada para ser dito depois da partida (sem porquês).

Não como uma PUJANTE BABEL, ostentando mármore e ouro, cujo cume pretendia atingir as vastas pradarias além dos portões do céu. Mas como uma simples OLARIA, de onde se retira o barro e se aprende o ofício de forjar os alicerces de um paraíso chamado FAMÍLIA.



domingo, 11 de agosto de 2013

CRÔNICAS DA VIDA REAL - UM VISITANTE INESPERADO


Olá! Há quanto tempo!? Deixa que eu lhe puxe a cadeira. Sente-se. É uma honra receber o Senhor aqui hoje. Sim, eu sei que essas visitas são rápidas. Mas pode perguntar. Tentarei ser objetivo e categórico nas respostas.

Meu trabalho? Bom, já não estou naquela grande empresa. Dei meu grito de liberdade e arranquei minha carta de alforria a fórceps. Sim, foi muito bom pra mim. Hoje sou autônomo, com excelentes parcerias de trabalho. Uma boa remuneração mensal que dá pra tocar a vida.

Profissões? Não, meus filhos não seguiram meus passos. Puxaram os avós na inteligência e são craques em ciências exatas, raciocínios lógicos, holístico e outras coisas que exigem atualmente nas empresas.

Esportes? Sim, ainda jogo futebol. Pouco, mas ainda jogo. O corpo já não responde como antes, mas exercícios são fundamentais né? Gosto de uma caminhada à beira da praia e jogar basquete com meus filhos. Sempre que posso vou pescar. Nunca consegui me desvencilhar desse vício. O contato com a natureza, o cheiro de mato e de terra molhada, o desafio de pegar um “peixe grande”.

Meus hobbies? Adoro uma boa música: Clássicas, Rock, Blues,Jazz, MPB, Bossa Nova. Amo um bom livro, adoro um livro razoável e gosto de qualquer livro. Adoro escrever também, contar piada e envolver pessoas com boas histórias. Tive boas influências

Quer que lhe conte uma história? Afinal você já contou tantas! Verdade mesmo? Nem percebi que o tempo havia passado tão rápido. Que pena. Mas é assim mesmo, quando estamos com pessoas tão especiais o tempo passa rápido demais. Anos parecem dias, dias parecem horas e horas parecem minutos. Mas se é sua hora, temos que respeitar.

Quando sair, por favor, feche a porta bem devagar. Não faça nenhum barulho brusco ou estridente. Não, não é por causa das crianças. Elas já cresceram. Sou eu mesmo que não gostaria de acordar agora!

Estava sentindo muito sua falta esse tempo todo. Obrigado por ter vindo hoje “PAPAI”, mesmo que apenas visitando meus sonhos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

RESSURREIÇÃO EM VIDA.


Houve um tempo em que viver perdeu o sentido. Porque, de fato, o melhor de mim parecia ter padecido. O que havia de bom esvaiu-se, como areia fina entre os dedos. Uma pequena parte não escorreu, plantada na palma da mão tremulada pelos fracassos.

Não conseguia esconder minhas agruras, minhas amarguras e minhas decepções. A maior parte desses males se materializava em conflito comigo mesmo, dentro de minha convalescente existência, ante o farrapo humano que aos poucos me tornava.

Eu me dizia: Amanhã virarei o jogo! Serei um novo homem! Mas por não me preparar para vencer, abria os flancos, e muitas vezes fui “goleado” pelos ingênuos contra-ataques das minhas fraquezas.

Remodelava muita estrutura, minha embalagem e meu discurso, mas o interior (corroído pelas deficiências que eu, relutante, escondia debaixo do tapete voador da minha prepotência) armazenava um eu que somente Eu não enxergava. Nessas tantas desventuras em série, temi assistir, de corpo presente, aterrorizado, o velório de meus sonhos.

Mas eis que o bem sempre triunfa sobre o mal. E se a bandeira da vitória não é erguida pela autoestima, dezenas de príncipes e princesas, amigos e amados, desembarcam em nossas OMAHAS e IWO JIMAS, montando cavalos blindados de confiança, empunhando baionetas de esperança e atirando beijos doces e palavras sábias que transformam por completo a geografia de nossas ruínas, como um “faz de conta que acontece”, virando o jogo.


Assim se dá a ressurreição em vida, onde o medo do malogro premeditado dá lugar à audácia do êxito indubitável. E homens de bem renascem para os exércitos do Amor.