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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

PORQUE EU FIZ MUITOS AMIGOS




Agradeço aos MILHARES (rsrssr) de amigos que me parabenizaram HOJE e outros tantos MILHARES (rsrsrs) que ainda me desejarão glórias.


Há alguns anos, no meu aniversário (26 de novembro), publico um texto agradecendo meus amigos por existirem e preencherem minha vida de forma tão calorosa e especial.

Foram vários textos assim. Alguns surpreendentes, outros tão normais. Mas sempre busquei frisar o quanto minha família, meus amigos e meus colegas são especiais em minha vida.

Mas este ano decidi recolher. Vou apenas publicar essa música, e peço que a ouçam e reflitam sobre a letra. Ao ouvi-la pela 1a vez (em 17/11), percebi que eu não tenho saberia suficiente pra escrever algo tão puro e tão profundo para lhes agradecer, desta vez, por existirem e fazerem meu aniversário tão cheio de vida e de alegrias.


Sem dúvidas, VOCÊ é mais raro que o ouro puro de Ofir.


Muito obrigado! :)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

As infinitas possibilidades de "SER FELIZ"



Porque você vale a pena! Com poucas ou muitas palavras, ou um simples sorriso ou uma profana gargalhada! Porque seu coração transborda diariamente. Transmite confiança e verdade; e pulsa nos olhos ao invés de bater no peito!


Viver num mundo só seu seria injusto. Aos olhos dos que te admiram, respeitam ou amam. Porque se isolar, sofrer, somatizar, se um mundo de vergonhas e rostos acanhados deseja o seu sorriso pra desabrochar?

Vou te raptar do seu fundo, te apresentar pro meu mundo. Pra que você possa fugir, se desfazer, desimportar, se refazer, desconsertar. Não somos quebra-cabeças, cujas 05 ou 5.000 peças têm lugar exato e formação pré concebida. Somos como um tangram (1), cujas 07 partes formam o que concebermos, imaginarmos ou idealizarmos, num sem-número de bons resultados.



Ora, abra mão das suas casualidades, das suas inutilidades, dos seus utensílios, seus (postiços) cílios, das suas más companhias e suas vãs alforrias. Assim, pode se despir das suas vaidades; profanas. Pra Eu te encher de cumplicidades, humanas. Talvez te deixe sacana, sem trama, sem fama! Com gana, sanha, ânsia de me querer!


Mas vou te roubar do seu íntimo e te apresentar pro meu interior. deixar vazio seu "acolá" e distante o seu "lá". Encher de vida o "ali" e de sorrisos o "aqui". Que "remoto" seja apenas sinônimo de suas más lembranças e momentos e nunca seja controle. Que "passado" seja aprendizado, presentes sejam seus dons e o futuro (...) deixe que venha e lhe traga os frutos que você sempre plantou.

Seja intensa, íntegra, se entregue por inteira, à sua vida. Não às vidas dos que não te preenchem. Então, seja caridosa e cuidadosa com os outros como a vida te ensinou a ser. Nas porções inexatas do quantum das suas entregas. Como um semeador, sem parábolas.

Talvez assim, entre frações ideais eu te complete nos meios. Talvez até nos inteiros, dos terços de nossas metades!

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(1) O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo).Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las. Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 1.700 figuras com as 7 peças.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

OS SORRISOS QUE ENCANTAM


Felicidade é seu cartão
Enlevo o seu sinônimo
Leveza de coração
Intenso sorriso atômico

Graciosa essa sua boca
Nada lhe escapa ao olhar
Atentos à sua voz rouca
Ansiamos por te encantar

Patente é o seu sorriso
Doçura estampada no rosto
Recorte assim tão preciso
Sublima esse arco exposto

Quisera jamais intervir
Tampouco modificar
Essa risada elegante
Deveras desconcertante


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

CRÔNICAS DA VIDA REAL: O HOMEM QUE EMPINAVA PIPAS


Lembro-me como se fosse hoje: Brisa batendo no rosto, carretel de linha numa mão, pipa estirada na outra mão, aguardando uma rufada ideal. Os melhores ventos passavam entre os fios e postes de minha rua. Mas minha casa não tinha uma elevação ou angulação que nos permitisse alçar as pipas. Porém, havia a caixa d´água da casa do "Seu Iraci Ferreira", o terreno baldio no centro do quarteirão, nas costas da oficina do "Seu Ari", ou na "Rua do Clube", para longas e persistentes corridas sem vento.

As pipas eram leves, feitas a mão, suaves, coloridas. Retratos de seus construtores. Uma pipa é feita com 70% de papel ou plástico, 10% de rabiolas, 2% de cola e 18% de linha (com ou sem cerol). Além disso, mais 50% de conhecimentos básicos de engenharia avançada e outros 50% de física arcaica.

As minhas primeiras pipas foram feitas por minha irmã Goretti. Minha madrinha, algoz das minhas armadilhas, guia dos meus atalhos. Cuja gargalhada encrustou no meu coração, pela singeleza e simpatia de aturar as minhas artimanhas e inquietações. Minha irmã caçula, Vera Regina, era minha companheira inseparável, fosse onde fosse, que sentido tivesse, que objetivo nos levasse. Felizmente, ela amadureceu mais rápido que eu e as pipas não lhe atraíram mais.

Minha primeira carretilha foi construída por meu irmão, José Luiz. Meu padrinho, meu exemplo profissional. E desde a minha juventude, meu exemplo de vida a dois, de amor incondicional e de respeito conjugal. Ele carrega na mão uma cicatriz, pois se cortou profundamente moldando as madeiras de uma carretilha. Porque queria me presentear com o melhor. Em contrapartida, eu carrego no coração uma marca, suave, desse momento de carinho e dedicação extrema; e 40 anos depois, Eu ainda tenho a carretilha, guardada como um troféu.

Meu velho pai não gostava da pipas. Só me viu pelejar com bola uma vez, mas elogiou (e sugeriu, criticamente, como melhorar). Me queria focado. Estudando, debruçado nos livros, como ele se debruçou toda a minha vida. Meu "velho Juca Ventura", já derrotado pelas agruras da vida, ainda me ensinava, em rufadas de tempestade, a navegar na calmaria.

Uma infância e adolescência de pipa em punho. Uma vida adulta feito pipa, alçando vôos e colorindo céus de outras pessoas. Meu primeiro voo foi decolado por minha mãe (Dona Luzia, exemplo de mãe, mulher e profissional), que à porta de um ônibus me pediu que sempre conduzisse o nome de meu pai tal como o recebera: LIMPO E DIGNO. E que sempre voltasse pra casa trazendo de volta o exemplo que Papai nos deu, de honradez w, integridade e dignidade, ainda que Seu Juca tenha sido uma "pessoa difícil".

Minha irmã mais velha (Aline), foi quem cortou minha primeira linha, permitindo que eu voasse ao sabor do vendo, mas com objetivos e não como uma "pipa avoada". Me mostrou a diferença entre ser adulto independente e ser adulto dependente. Me fez plainar, pela primeira vez, sem sustentação de um fio sequer.

Mas de todas as pessoas com quem cresci, talvez a mais ingênua seja a que mais me tocou o coração. Minha 2a irmã, Maria Madalena, portadora de necessidades especiais, com olhar e comportamento de criança e sentimentos de gente grande. Sua aura forte e seu carinho latente transcenderam o espaço físico de seu corpo franzino e frágil.E me ensinaram que "ser especial" é um comportamento e não uma dádiva.

Com o passar dos anos, minhas pipas pareciam não se sustentarem no ar. O vento que as fazia voar abrandou em meu coração. Minha inquietude quedou reflexiva, moderada, frugal. E eu amadureci com as doces lembranças de seus coloridos e seus bailados.

Depois da maturidade, Deus enlaçou minha linha no alto de uma rocha firme, que eu chamo carinhosamente de MEG. Empinei pipas poucas vezes com meus filhos. Talvez por falta de cola, linha, bambu ou papel, mas nunca por falta de tempo. Falha minha.

Mas nuns desses hiatos, atrasei trabalho pra ver sol nascer com um filho no Leme-RJ; desmarquei reunião importante pra empinar pipa com outro filho em Camburi-ES. E fui pegar no colo filho que precisava chorar mais que Eu.

Na vida, me cortei com muitos ceróis, variei com pouca brisa, naveguei nos furacões. Se cortei linha de alguém, é porque minha manobra no espaço foi mais precisa, e minha linha de sustentação era mais consistente.

Mas se às vezes tremulei, entre manobras ruins e boas,
Tenho certeza que colori, o céu de muitas mais pessoas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Duas letras, uma alma, uma mensagem




Nascido nas Minas Gerais
Um "né" é confirmação
De que pessoas legais
Desejam lhe dar atenção


Normal pra constatação
"Já" fiz, "já" fui ou "já" sou 
Registra sempre uma ação
Daquele que se importou



Nem sempre "OK" é bacana
Um "tá" tem mesmo sentido
Mas sempre será sacana
Quem o diz, sem dar ouvido

Ri

O "rs" não é alarido
É a alma dando atenção
Vários juntos perde o sentido
Da sutileza do coração!


Oi

Resposta despretensiosa
Ou chamado pra conversar
Nem sempre é curiosa
Aquela com um "oi" no olhar

Ei

Cumprimento mais carinhoso
De quem não quer o monólogo
Quase sempre tão fervoroso
Um "ei" instaura o diálogo

Ai

Ás vezes ele é deboche
Outras vezes, intensidade
Não há quem não desabroche
Com um "ai" de felicidade

Ui

Mas intenso com toda certeza
Um "ui" de desejo ou sarcasmo
O olhar revela a clareza
Do deboche; ou do orgasmo