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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CONTAGEM REGRESSIVA




Quando pensei na “contagem regressiva” de hoje, Eu me desconectei da linha do tempo.

Rompi o fio que insistia me levar compassadamente ao futuro, e mergulhei nas entranhas e lembranças do passado.

Senti uma vontade louca de abraçar quem me completa e mergulhei nos refrãos. Sozinho, largado, sem comunicação adequada com o mundo lá fora, emergi e flutuei na sonoridade dos acordes que me embalavam.

Naveguei com rumo certo: Hora como nau, vez como remo, tempos como marinheiro, momentos como náufrago e eternidade como sobrevivente.

Nosso mundo pedala numa velocidade ingênua quando nos sentimos assim. Porque a pressa de amar se distância de quem amamos na medida em que esse alguém acelera seu próprio pedal do tempo!

Mas deixe estar: A linha de chegada é única. E além dela não há nada, senão um espaço curto pra esperar quem vem pra ficar! Ou quem chega primeiro, sabendo que deve esperar!

FELIZ ANO NOVO E ÓTIMA CHEGADA!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CRÔNICAS DA VIDA REAL: PAPAI NOEL EXISTE (FELIZ NATAL)



Há alguns anos, percebi um de meus filhos chorando ao chegar em casa na véspera do Natal. Aproximei-me dele cautelosamente, envolvendo-o num abraço fraterno, e seguiu-se o seguinte diálogo:]

- O que foi filho?

- Disseram-me na escola que Papai Noel não existe. São Você e Mamãe que deixam os brinquedos, depois que a gente dorme. É mentira, não é papai?

- Sim, meu filho, é mentira. Papai Noel existe. É como um velhinho de barbas brancas, gordinho e (...)

- Eu sei papai (interrompendo-me). Eu sei como ele é. Mas é verdade que são Você e Mamãe que colocam os brinquedos embaixo da árvore?

- Sim filho, nós também. Mas Ele existe, mesmo sendo criação dos homens pra que a esperança de dias melhores nunca se acabe.

Há dias de fé e dias de descrença durante nossas vidas: Enquanto somos crianças acreditamos no “bom velhinho”. Quando ficamos adultos admitimos a ficção. Mas quando nos tornamos pais/tios/avós incorporamos e personificamos a LENDA.

Pode ser que no dia-a-dia não acreditemos na sua essência. Mas a chegada do Natal transforma os corações e muitos não vêem a hora de se cobrir de vermelho e depositar mimos sob a árvore.

É bom que a cada ano nos emocionemos com nossas crianças agradecendo a Jesus e a Papai Noel por terem trazido brinquedos. E prometendo um próximo ano melhor que este, repleto de boas ações, bons estudos e muito amor aos pais. É essencial que esse “espírito” sobreviva aos tempos e se espalhe pelos corações. Que o natal seja sinônimo de COLHEITA dos bons frutos cultivados durante todo o ano, inspirando-nos no “espírito do natal” e na perseverança e convicção das boas crianças.

E que nossos filhos descubram, gradativamente e sem traumas, que Papai Noel é Você, sou Eu, somos Nós. E alimentem a fé e a esperança de que, um dia, eles mesmos O serão. 

FELIZ NATAL A TODOS (Mozart/Margareth, Lucas/Thais, Mateus/Larissa e Tiago).



A LENDA: Papai Noel foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV, que ajudava, anonimamente, pessoas com dificuldades financeiras. Em 1822, o norte-americano Clement Moore escreveu o poema "Uma visita de São Nicolau", no qual o personagem é descrito passeando em um trenó puxado por oito renas, com um saco de brinquedos nos ombros. O primeiro desenho retratando Papai Noel foi feito por Thomas Nast e publicado no semanário Harper's Weekly em 1866. Assemelhava-se a um duende, embora já descesse por chaminés para deixar presentes. O visual atual foi criado pelo sueco Haddon Sundblon em 1931, a pedido de uma companhia de refrigerantes, e foi inspirado em um vendedor aposentado.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

EU PRA VOCÊ (Meu narcisismo é ter você como espelho)


Quero decifrar seus olhos 
e decorar seu enigma 
Penetrar seus poros 
e suavizar seu estigma. 

Quero lhe cantar aos ouvidos 
Sentir a pele arrepiar 
E lhe atordoar os sentidos 
ver seu corpo se calar 

Quero que se sinta indecente 
e me queiras mais que a si 
Ver seu corpo incandescente 
e pouca roupa a lhe cobrir 

Quero que durmas com um sorriso 
Satisfeita de prazer 
E que acordes como narciso 
Com loucura pra me ver.

sábado, 15 de dezembro de 2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PATRIMÔNIO



Meus dons ornam os corações dos que me aceitam. Minha criação reflete o que de bom eu soube ensinar. Minha morada eu carrego em mim.

Meu chão é cravejado de diamantes, pelos cascalhos que piso sem medo. Carpete de grama verdinha, das ravinas de minha infância e dos gramados que desfilei garboso com bola aos pés. Outros pontos é tábua corrida, marcada de joelhos pelas graças que alcancei. Outros tantos é terra firme, que revolvida e adubada, produz frutos e flores.

Minha parede é o infinito. De manhãzinha cintilada em tons de ouro, pelo contraste do sol nascente com os contornos do mar. Ao dia azul celeste, com requintes de 3D, pela dimensão do céu de brigadeiro. Ao entardecer, ganha cores de cevada, com tons de caramelo, lembrando a doçura do sol que toca suavemente as montanhas e se despede do dia.

Meu teto muda de acordo com as horas. Azul infinito durante o dia e negro breu à noite, cintilado de estrelas furta-cor. Às vezes emolduradas de branco, pelas formações de nuvens e iluminado pela lua cheia, como candeia de cidade antiga, abajur de gente rica, ou lamparina de casa de fazenda, em noite de lua nova.

Minha piscina é curva de rio, onde a natureza esculpiu profundidade exata para um mergulho sem medo. É braço calmo de mar, onde repouso meu corpo em água morna, vivificada por ondas tão suaves que levam ao relaxamento. É praia mansa sem onda, onde cato areia com os dedos dos pés e das mãos, e ouço os ruídos da criação do mundo, gravados nas conchas dos caracóis.

Meu jardim é minha família, onde fui plantado com a missão de frutificar. Espaço onde o Criador fixou uma roseira, que um beija-flor chamado cupido polinizou com minhas sementes. Minha roseira floresceu três vezes, e seu ventre hoje é manjedoura de anjos, porque só anjo pode dormir onde a vida se permitiu ser tão generosa.

Talvez eu nem tenha percebido que minha roseira germinou três beija-flores que, expulsos pela explosão do ventre e desalojados do leito de uma "imagem e semelhança", voarão por aí como anjos, até escolher e germinar, cada um, sua única roseira.



Meu patrimônio não tem substância. Tem essência. E minha existência? Eu a devolvi ao cosmo. Quiça eu volte antes de você perceber que eu me fui.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DISTÂNCIAS



Distância se mede em metros,
Centímetros e quilômetros além.
Diz-se distante o longínquo
E o próximo às vezes também. 

Distante é pra além da vista. 
Que os olhos nunca alcançam. 
Perto está aquém da testa. 
Pois que os olhos não se cansam. 

Alguém que partiu é distante 
Pessoas que não mais se falam. 
Se lembrar é sempre importante 
Distância e saudade se igualam. 

Distante deixei sentimentos 
Pra um outro dia buscar. 
Tão longe ficaram os momentos 
Que eu hoje não penso em voltar. 

Por mais distância que eu veja 
E ser tão próxima a ilusão 
Tratei de eternizar que estejas 
Pertinho do meu coração.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO PRA VOCÊ





Hoje é meu aniversário. Um dia de graças, de glórias, de louvores, de risos e de emoções. Tantos presentes que eu não saberia por onde começar: um beijo ao amanhecer, algumas ligações, diversos e-mails, agradecimentos por eu transmitir alegria, um livro de culinária, filhos com bons desempenhos no ENEM, National Geografic e Cambridge. Mais beijos! Não caibo em mim de tanta felicidade, tamanho foi o número de pessoas que se lembraram de mim (ou que eu fiz se lembrarem de mim). Faltou um buquete de flores de um amigo.

Acho que a vida é assim mesmo: Ela costuma ser otimista pelo número de anos, de passos, de atitudes, de bens, de patrimônio, enquanto estivermos aqui para enxergar isso, nós mesmos. Ela também será rememorada, comemorada ou comentada pelo número de acertos, de erros, de fatos, de boatos, de histórias e estórias, depois que partirmos, pelas pessoas que conviveram conosco.

Mas certamente a minha vida, essa que eu vivo intensamente (e compartilho com cada um de vocês) será lembrada pelo número de GARGALHADAS (que dei, que causei ou que roubei), pela irreverência das frases (que repeti ou inventei), pela casualidade do improviso e pela resposta na ponta de língua. Pelas piadas que contei, pelos poemas que escrevi, pelos méritos que me atribuíram (mesmo que não fossem meus), pelos caráteres que ajudei a forjar, pelos profissionais ajudei a moldar. E, principalmente: PELOS AMIGOS QUE FIZ E PELOS QUE AINDA VIRÃO.

Quando eu olho pros lados ou para trás, embora tenha vivido apenas 49 anos, a vida me parece suficiente por tudo que já colhi. Mas graças ao nosso bom Deus, eu me sinto bem melhor plantando do que colhendo e espero que meu tempo de plantio seja longo.

MUITO OBRIGADO a você por fazer parte da minha estrada. E me permitir caminhar na sua.

sábado, 24 de novembro de 2012

ESPAQUETE AO ALHO E ÓLEO COM BACALHAU AO FORNO



INGREDIENTES:
01 kg de bacalhau em postas, congelado (03 dorsos)
01 acelga pequena
04 cebolas pequenas
02 tomates grandes
04 batatas médias
20 cabeças de alho

500 gramas de espaguete

Alho triturado
Sal a gosto
Azeite

PREPARO PRÉVIO
Descasque as batatas, parta-as diagonalmente em duas metades, cozinhe em água e sal e REVERSE.
Lave bem as folhas de acelga, corte-lhes o centro DURO e RESERVE ambas as partes (folha e caule).
Descasque ao menos 20 cabeças de alho médios ou grandes e RESERVE
Corte cada tomates em oito partes uniformes, sem cozinhar e RESERVE
Corte as cebolas em rodelas grossas e RESERVE.

Preparo do Bacalhau:
Forre uma forma grande de porcelana com a parte macia da acelga, sobrepondo as folhas uniformemente. Forre o leito de folhas de acelga com as rodelas de cebola. 

Deite os 03 dorsos de bacalhau sobre as rodelas de cebola, espaçando-os para aproveitar a travessa. Preencha os espaços laterais e intermediários dos dorsos com as partes duras da folhas de acelga e com os dentes de alho ao natural.

Cubra com papel alumínio e leve ao forno por 25 minutos e deixe assar.

Retire o papel alumínio, acrescente os pedaços de tomate e deixe assar por mais 10 minutos. Acrescente as partes de batata e deixe assar por mais 10 minutos.

Preparo do Espaguete:
Encha uma vasilha com água fria e mergulhe nela um escorredor macarrão. RESERVE

Espalhe 100 ml de azeite no fundo de uma panela de Yakisoba (ou similar) e leve ao fogo. Antes do ponto de fervura, acrescente 01 a 02 litros de água e deixe ferver. Sal a gosto. 

Acrescente o espaguete e mexa constantemente durante 10 minutos (eu particularmente sempre uso um par de "palitos chineses - Hashi" para mexer, para que os fios do espaguete fiquem bem soltinhos).

Depois de 10 minutos (NUNCA EXTRAPOLE ESSE TEMPO), despeje o espaguete no escorredor com água fria e deixe descansar o processo de cozimento.

Enxugue a panela usada para cozer o macarrão, despeje uma xícara de café de azeite e frite o alho triturado por 05 minutos. Acrescente o espaguete escorrido e mexa suavemente, fritando o macarrão e deixando o azeite e o alho harmonizarem. 

OBSERVAÇÕES:
A intersecção entre os tempos dos pratos é fundamental. Enquanto o bacalhau vai ao forno, a água do espaguete já deve estar no fogo. Enquanto se escorre o talharim, se aquece o azeite para "frita-lo" e acrescenta-se os tomates e batatas ao bacalhau recém desencapado do alumínio.

Sal ao mínimo (SEMPRE).

SERVIÇO:
Sirva o espaguete direto da "frigideira", complementando com o bacalhau e seus adornos.








sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PARABÉNS AOS MEUS AMIGOS




Queria que hoje fosse meu aniversário. Está muito próximo o dia, mas ainda faltam horas. Não é uma data comemorativa, nem é um dia extraordinário, mas porque não render louvores a ele? Agradecer a graça alcançada diante do Criador, pelos tantos dias de existência na terra e porque a vida é uma doação d'Ele.

Por isso acreditei que, do meu jeito, poderia inverter a brincadeira, e lhe dar MEUS PARABÉNS e lhe dizer MUITO OBRIGADO.

Muito obrigado porque, de alguma forma, você já me fez sorrir e me deu um pouco de alegria.

Meus parabéns porque, em algum dia, você me ensinou coisas importantes sobre a vida.

Muito obrigado porque, em algum lugar, você mostrou detalhes da criação divina que eu jamais ousaria perceber.

Meus parabéns por ter me convidado a fechar os olhos e sonhar com um mundo mais descente.

Muito obrigado por me ensinar a pensar com humildade, e agir da mesma forma.

Meus parabéns porque, apesar das minhas brincadeiras, você me considera maduro. Apesar do meu sossego, você me acha responsável. Apesar das minhas limitações, você me acha grande. Apesar de ser seu fã, você já me chamou de ídolo. E mesmo sendo como sou você me aceita por perto.

Mas principalmente, MUITO OBRIGADO por me provar que vale a pena viver, ano após ano, pra continuar merecendo e amadurecendo a nossa amizade. E, se algum dia, minha amizade lhe parecer tênue ou inverídica, talvez seja O momento de repensar sua fé em mim. E me exigir que tenha fé em você.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

NEGRO, EU!?!?!?



Que raça é essa! Que povo é esse! Que gente é essa! Que construiu culturas milenares, que honra as gerações, respeita as mulheres e preza o amor.

Que raça é essa que, escravizada, construiu mundos novos e, humildemente cedeu seus valores para enriquecer nações.

Que raça é essa que aprendeu línguas novas, religiões novas, no intuito de enriquecer as suas?


Que raça é essa que reina na música e que projeta divindades nos esportes, que samba nas nuvens e que inspira a voz dos anjos?

Que raça é essa que reina nações seculares, que presidirá novamente os EUA e reescreveu a JUSTIÇA do Brasil!!!

Que raça é essa: Tão PERFEITA, tão COMPLETA!!





segunda-feira, 19 de novembro de 2012

NOSSOS PASSOS



Por longos anos caminhei
Desde antes de minha infância
De engatinhar me cansei
Pra caminhar tinha ânsia 

Mão estendida convidou
Olhos soltos como seixos
Meu corpo inteiro vibrou
Pairei de pé no meu eixo

Meus passos não tinham firmeza
Minha perna não correspondia.
Mas um pai com sábia destreza
Meu caminho já conduzia.

Brincar de pipa e pião.
Futebol, casinha e boneca.
Mais parecia um irmão
Lançando-me a peteca.

O tempo passou sorrateiro
Meu pai se tornou um velhinho
E esse futuro arruaceiro
Embaraçou-lhe o caminho

Olhando a estrada de frente
Não vejo mais nada confuso
Relembro o ontem presente
Pois hoje sou Eu que o conduzo

Poema de: Mozart Boaventura Sobrinho
Em homenagem a: Iara Ferraz e Silva e seu Pai

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

..................BEM DENGOSA...................



Bem dengosa ela desperta, 
Seda no corpo repousa. 
O pouco espaço lhe aperta 
Roupa curta ela ousa. 

Pro trabalho se vai freqüente. 
O tempo lhe rouba o descanso. 
O dia lhe pede que enfrente, 
O nunca de um riacho manso. 

Outubros, novembros e natais 
Passam ao tom da primavera 
Flores, frutos e chacais 
Inundam o espírito da fera. 

A noite lhe cai sobre o ombro 
A casa se torna um refúgio 
Um banho e o corpo tomba 
Caetano toca o prelúdio. 

Um leve deguste apronta 
a fome do corpo ela esquece. 
O sono sua altivez afronta 
Entre sonhos vivos, adormece. 

Um novo dia se avizinha 
O descanso lhe cairia bem. 
Sonhar um dia de Rainha 
Acordar como uma também.








sábado, 10 de novembro de 2012

CRÔNICAS DA VIDA REAL: ................ .........D E S C O N E C Ç Ã O...........




Eis que me vejo num ônibus há pelo menos 01 hora do meu destino! Pânico: meu celular registra 12% de bateria e meu IPad 7%! Surreal essa constatação: em menos de 20 minutos serei desconectado do mundo (virtual)!

Pegar o laptop? Nem pensar! O que vão achar de mim se abrir aquele trambolho e conectar um 3G pra acessar a internet? Um Dino da Silva Sauro!

Busco em inúmeras possibilidades! Mas de fato penso em nenhuma, porque elas não me vêm à cabeça!

Como sobreviverei desconectado? Serão ao menos 40 minutos escabrosos! Sem curtir, sem comentar, sem criticar, sem compartilhar, sem rir ou me emocionar, publicar algo ou acompanhar coisas inúteis, inócuas ou espetaculares.

Lembro-me da minha infância e adolescência escrevendo cartas pras paqueras, pros amigos, pros parentes! Horas a fio rebuscando o texto, contando as minhas histórias e perguntando pelas novidades!

Enquanto escrevo isso, um sinal de alerta explode no teclado o IPhone, acusando 05 minutos restantes de conectividade (o Ipad jaz sem luz)Pânico! O que escrever? Que mensagem colocar? Como “otimizar” meus 05 minutos restantes de vida virtual?

Eis que o ônibus atinge nosso destino e, à minha frente, pela janela, uma banca de jornal estampa inúmeros cartões postais! Descubro finalmente não o que fazer nas próximas horas de realidade, em lugar dos próximos 05 minutos de virtualidade.

Comprarei alguns cartões postais e, através deles, enquanto meus conectores recarregam as baterias que me expõem ao mundo irreal (que eu habito), mandarei mensagens singelas para os inúmeros cantos do universo real (que me habita)!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CONJUGANDO O AMOR



Quero te cantar em prosas
Te ornar de rosas
Te despir em versos
Te cobrir com verbos

Te conjugar por inteira
E conjurar honradez.
Te flexionar altaneira
Sem lhe causar estranhez.

No INDICATIVO:
(Presente)              Eu AMO você plenamente.
(Pretérito perfeito)   Eu AMAVA com saudade.
(Pretérito imperfeito) Eu AMEI inconsciente.
(Mais-que-perfeito)      Eu AMARA com intensidade.
(Futuro do presente)      Eu AMAREI a ti somente.
(Futuro do pretérito)         Eu AMARIA pela eternidade.
No SUBJUNTIVO:
(Futuro)                    Quando Eu AMAR com sabedoria,
(Presente)                   Que Eu AME a nossa alforria.
(Imperfeito)                     Se Eu AMASSE, já a teria.
No IMPERATIVO:
(Afirmativo)             Ama Tu com dedicação,
No GERÊNDIO:      Pois AMANDO não guarda ilusão,
No PARTICÍPIO:            Sendo AMADO de coração.


Em todos os tempos
Em minhas flexões
Em todos os verbos
Com minhas ações.

Que VOCÊ seja o objetivo
E que EU seja o sujeito
" Nós dois" o adjetivo
De um amor mais que perfeito

Num substantivo calor,
Ser o objeto completo!
Preposição deste amor.
Artigo não!  Alfabeto!
Autor: Mozart Boaventura Sobrinho - Co-autoria: Meg Boaventura

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

COLCHÕES, SONHOS E VIVÊNCIAS


Colchão de mola?
Brincadeira de bola!
Paquera na escola!
Prova? Cola!

Voltei no tempo,
Tocando o vento.
Lembrando outrora,
Colchão de mola.

Cantiga de ninar,
Vovó que acena.
Dormir na roça,
Colchão de pena.

Céu de estrelas,
Acampamento.
Saco de dormir,
Sabor do vento.

Janeiro na praia,
Agitação.
Colchão de espuma
Amor de verão.

Orar ao pé da cama,
Contar carneiros
Colchão terapêutico,
Mil travesseiros.

Tem ortopédico, de ar, de água.
Tem de fibra, algodão e capim.
Colchão de mola,
Lembranças de mim.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EMBARGOS



Às vezes me mostro altivo! Meus pensamentos me confundem, minha personalidade se enaltece e minha voz se exalta!


Pareço ser raridade na multidão! Uma carpa imperial desfilando no cardume de lambaris! Um canário belga na revoada de pardais! A última Pepsi Cola do Atacama! Meu interior de floresta amazônica parece ter sido acomodado numa caixinha de fósforos.

Minhas pernas vergam, meus ombros arqueiam, meu próprio peso se torna insustentável, e minha empáfia faz minha moral sucumbir.

Uma força sobre-humana me aterroriza, um sentimento de culpa me acomete, meu interior de relógio de pulso parece ter sido acomodado na embalagem de um campanário! Minha voz embarga e minha consciência se restabelece!

Que nossos altos e baixos sejam medidos pela nossa humildade! E nossos embargos sejam lições de vida. E nossa embalagem seja proporcional ao nosso conteúdo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


INGREDIENTES:
01 abóbora (moranga) média 
500 gramas de cubos de peito de frango 
500 gramas de requeijão cremoso.
02 bananas da terra
01 lata de Pelati (tomates sem casca) 
01 cebola grande (branca) 
01 colher de sobremesa de Curry
Pitadas de tomilho, alecrim e estragão
Salsinha, cebolinha, sal e alho, a gosto

PREPARO PRÉVIO:

DA ABÓBORA:
Cozinhe a abóbora em uma panela grande, em água fervente, virando-a constantemente para atingir um cozimento linear.
Abra a parte superior da abóbora, fazendo um corte circular com inclinação próxima de 45 graus, de tal forma que se forma uma TAMPA.
Deixe descansar por 30 minutos antes de abrir.
Retire as sementes e descarte.
Retire parte internas da "carne" da abóbora, inclusive a tampa (reserve), sem exageros para não estragar o fruto nem enfraquecer sua estrutura.
DO FRANGO:
Limpe os cubos de frango, retirando as gorduras e nervuras.
Cozinhe os cubos de frango em manteiga até tomarem uma cor esbranquiçada.
Acrescente alho no centro da panela e deixe fritar por 02 minutos.
Junte sal, curry, tomilho, alecrim e estragão. Mexa bem e reserve. O frango deve ficar branco por dentro e amarelado por fora, porém macio.
DOS OUTROS:
Corte a cebola em cubos pequenos e frite na manteiga até dourar (reserve).
Corte as bananas em retângulos médios e frite suavemente no azeite (reserve).
Corte os "pelati" em pedaços disformes, porém pequenos. Junte-os ao próprio caldo (reserve).




MONTAGEM:
Revista a moranga com 03 folhas GRANDES de alumínio, para dar-lhe resistência no forno.
Espalhe uma leve lâmina de azeite no fundo e nas laterais da moranga.
Espalhe o requeijão cremoso no fundo e nas laterais da moranga.
Triture a massa retirada da moranga com um mixer, até atingir uma mistura homogênea.
Junte o frango, a cebola e os tomates numa frigideira e mexa suavemente.
Junte a massa da moranga e mexa por 04 minutos. Acrescente os temperos verdes.
Deite a mistura sobre o requeijão.
Tampe a moranga e leve ao forno alto por 15 minutos.

SERVIÇO:
Sirva com arroz branco, feijão (não batido) e batatas palha.

Para os vegetarianos, o frango pode ser substituído por camarões ou cubos de cação, mas nesse caso substitua as especiais (tomilho, alecrim e estragão) por uma porção de coentro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

COMO DEFINIR O AMOR?



Não consigo definir esse sentimento. Mas eu o sinto fisicamente. E é uma sensação indescritível, uma tensão incontrolável. Um curto-circuito que se expande pelos eletrodos do corpo, causando espasmos de incerteza e confundindo os estímulos naturais do comportamento humano.

E é assim que o amor, no seu atrevimento, causa dores de cabeça, arritmia, disritmia, e vários outros casuísmos. Entorpece e enrubesce. Cria rimas, textos, poemas e frases feitas. Espalha-se pelo vento como epidemia de cura.

Certa vez eu ouvi: Se você quer entrar num relacionamento PRA SER FELIZ, não entre! Mas se quer entrar PRA FAZER O OUTRO FELIZ, mergulhe de cabeça! Independente dos reflexos e dos moldes do amor, das formas de amar e de ser amado, AMAR É fazer alguém feliz de verdade.

Entender o AMOR é complexo demais. Não tem manual. Mas um homem há quase 2.000 definiu o amor com maestria. Talvez por ter vivido ombro a ombro com o MAIOR DE TODOS OS HOMENS. Assim o Apóstolo Paulo escreveu na Primeira Carta aos Coríntios:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha (...) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (capítulo 13)

Ah, definitivamente eu não sei o que é amor, porque eu talvez não tenha arriscado amar com tamanha intensidade. Mas o busco em cada palavra amiga, em cada frase que eu escrevo, em cada gesto que eu partilho, em cada sorriso trocado e em cada olhar.

Porque de todas as sensações que já provei, o sabor, o cheiro, o contato e o brilho do amor são incomparáveis.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MINHAS PALAVRAS





Tudo parece estar fugindo a cada segundos que passa
E me deixa sem palavras...
Coração bate mais forte, mas continuo sem palavras
Aí, me pergunto: Onde estão... Minhas palavras?


Socorro, não sei nem por onde começar
Mas estou cada vez mais..... Sem Palavras 
Parem tudo. Preciso por minha cabeça no lugar
E aí sim, Procurar.....Minhas palavras! 

Vergonha, sudorese, calafrios.
Coração parece querer sair pela boca
Talvez seja o cansaço da busca..... De minhas palavras

Meu Deus, me desculpe!
Mas com tanto sentimento,  vejo-me sem palavras para expressar
Talvez devesse convidar meus fantasmas, e dizer boa noite
Amanhã encontrarei......Minhas palavras

Talvez se eu dormisse ao embalo de Morfeu.
Ou embarcasse nos voos de Peter Pan.
Será que eles me levariam?

Primeiro descansar, refletir, respirar e suspirar.
E com toda certeza.... Minhas palavras irei encontrar.


Estou de verdade atônito. Nem consigo mais refletir.
Morfeu me arrasta. Preciso encontrar minhas palavras

Nem mais um segundo. É atras delas que irei já!
Quando não encontro inspiração, eu fico.......sem palavras!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

AMOR INSENSATO


Oh amor insensato que me faz padecer: Não me faça rasgar o peito pra que caibas em mim!

Entre pelos meus olhos, janela menor da minha alma! Pela minha boca, expressão melhor do meu sorriso e da alegria de querer você! Ou pelos meus poros, extensão maior da cobertura do meu corpo que borbulha com sua presença ou sua voz! Entra pela minha libido e me deixa explodir dentro de ti também!

Como saber se é possível te arrancar de mim se já não percebes a diferença entre estar dentro ou fora do meu coração?

Talvez não te agradasse em porções suficientes que te trouxessem até mim. Ou nem me agradasses em proporção adequada que me levasse até você. Quiçá não me encantei por teus olhos ao ponto de querê-los me fitando (sempre). Nem por teu corpo ao cúmulo de senti-lo (hoje).

Só há um lugar no universo onde eu não conseguiria sobreviver: No espaço infinito da tua ausência!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

------------SEMEANDO LUZ---------------



Não é aqui que eu habito

É entre estrelas do firmamento

Não é no chão que pratico

Voar é o meu argumento

E alço vôos distantes 
Dou asas a imaginações 
E entre mergulhos rascantes 
Eu colho constelações 

Luz própria eu trouxe na testa
Mas é pouca pra minha missão
Eu colho estrelas em festa
Pra luz juntar de porção

É como candeia com lua
Que o brilho pouco ilumina
É como festa de rua
Sem roda de moço e menina

"Quando a noite esconde a luz
Deus acende as estrelas (*)"
Se ao teu brilho não fazes jus
Porque anseias em vê-las?

Espalho estrelas ao vento 
Ansioso por vê-las brilhar 
Mas vejo-te ao relento 
Ansioso por te iluminar 

Por isso as estrelas juntadas 
Pois juntas são mais que um sol 
E espalho-as nas suas calçadas 
Pra não tombares no mal 

E sigo despretensioso 
Garboso mais que ninguém 
Não posso ser orgulhoso 
Lumiando passos de alguém

Texto de: Mozart Boaventura Sobrinho: 21a 23/09/2012
(*) Trecho atribuído a: Padre Fábio de Melo.