Bem dengosa ela desperta,
Seda no corpo repousa.
O pouco espaço lhe aperta
Roupa curta ela ousa.
Pro trabalho se vai freqüente.
O tempo lhe rouba o descanso.
O dia lhe pede que enfrente,
O nunca de um riacho manso.
Outubros, novembros e natais
Passam ao tom da primavera
Flores, frutos e chacais
Inundam o espírito da fera.
A noite lhe cai sobre o ombro
A casa se torna um refúgio
Um banho e o corpo tomba
Caetano toca o prelúdio.
Um leve deguste apronta
a fome do corpo ela esquece.
O sono sua altivez afronta
Entre sonhos vivos, adormece.
Um novo dia se avizinha
O descanso lhe cairia bem.
Sonhar um dia de Rainha
Acordar como uma também.
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