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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ANJOS DA GUARDA



Se, de repente, na amplitude incomensurável da escuridão do seu quarto lhe parecer ter sido tocado por algo, ou tiver o pressentimento de que o ar se desloca de forma sobrenatural, NÃO TEMA:

Os anjos vigilam tão próximos de nós quando dormimos que suas asas parecem tocar nossa aura em repouso!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PASSARINHO AMIGO



Passarinho, passarinho:

Vens aqui, pousa no meu telhado.
Empoleira na minha janela.
Canta no meu terreiro.
Me dás a impressão de olhar no meu olho e pedir carinho.
Mas depois voa e por momentos desaparece.

Vê se ao menos, antes de voar, me diga cantando, que vai voltar!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

BANANAS CARAMELADAS


INGREDIENTES:
Bananas prata
Açúcar
Água

MODO DE PREPARO:
Mexa o açúcar numa frigideira com teflon até que ele comece a derreter e formar torrões. Acrescente água e mexa até diluir os torrões e formar um caldo homogêneo. Acrescente as bananas e deixe ferver em fogo baixo, até que o caldo se adense e capture o sabor das bananas (25/30 minutos). Elas "pegarão" uma tonalidade rósea/dourada e ficarão cozidas na calda.

Para esse prato usei 14 pequeninas bananas prata, bem maduras, 03 xícaras de café de açúcar e 05 colheres de mel (substituindo uma xícara de açúcar). Fica ótimo com sorvete (quentes ou resfriadas em geladeira).

TEMPO DE PREPARO E RENDIMENTO:
45 a 50 minutos. Rendeu 07 porções. 

Receita original: SORAYA CYSNE.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALMAS GÊMEAS



Mundo gira, roda, circula numa velocidade incrível. Mas a gente esbarra, em algum momento, nos pedaços da nossa alma. São Como almas gêmeas. Parte de um mesmo corpo. Essências de uma mesma existência que se completam estando juntas. 

Pessoas que passam por essa vida, sem Amor e sem paixão, são como estrelas cadentes que não se partiram. Não sentem falta de nenhum pedaço. 

Pessoas que passam por essa vida, com muitos amores, sem uma pessoa certa, são estrelas que se partiram em muitos pedaços. Buscam, em cada amor, recompor um pedacinho faltante de si mesmas. 

Mas pessoas que Amam apenas 01 vez, eternamente, são Estrelas cadentes que se partiram em dois pedaços idênticos. Quando se juntam, se completam. 

De que outra forma se poderia explicar o Amor à primeira vista? 

Talvez imaginando que nós seres Humanos somos a personificação de corpos celestes. Estrelas que se desprendem do céu. Quando caímos na terra, podem ocorrer 03 coisas: 

a) Caímos inteiros, sem nos desfazer da forma original. Essas são as pessoas solitárias, sem Amor, sem paixão. Vivem sozinhos, porque se completam em si mesmas. 

b) Ocorre também de nos partimos em diversas partes. Essas são as pessoas volúveis, que nunca seguram um relacionamento. Passam por diversos durante a vida, tentando se completar e voltar a ter sua forma original. 

c) Também ocorre de nos partirmos em apenas 02 pedaços. Duas metades. E por fazerem parte de um único corpo celeste, essas duas metades passarão toda a sua vida tentando encontrar sua cara. Só juntas elas se completam. 

Eu te busquei assim, pra amar até te derreter (e me derreter junto contigo). Pra que quando voltássemos ao estado normal nos fundíssemos em corpo e alma.


Autor: Mozart Boaventura Sobrinho

domingo, 26 de agosto de 2012

FETTUCCINI NIDI GRANDUR COM CAMARÕES


INGREDIENTES:
01 pacote de NIDI Grandur (500 gramas)
01 quilo de camarões limpos
Azeite, alho e sal a gosto

PREPAPO:
Cozinhe o macarrão por 08/10 minutos em água quente com sal (acrescente um pouco do azeite, pois ajuda a não grudar na panela). Ao mesmo tempo, aqueça azeite numa frigideira, refogue pedaços amassados de alho, acrescente os camarões já temperados a gosto, fritando-os por 08/10 minutos.

Escorra o fettuccini, arrume numa travessa e enfeite com os camarões. Acrescente alho desidratado se gostar.

TEMPO E RENDIMENTO:
40 a 50 minutos. Serve 06 pessoas.





segunda-feira, 20 de agosto de 2012

UMA CARTA QUE NÃO FOI ESCRITA


Querido Pai: 


Você foi meu herói. Meu super herói. Não voava, nem lançava teias, mas me fazia voar com sua imaginação e me prendia nas intrigantes teias das suas histórias. 

Você foi meu mocinho das manhãs, tardes e noites, e não somente das sessões da tarde. Não prendia bandidos nem tinha armas especiais. Mas me fez querer ser mocinho e ter como armas um bom caráter, valores e personalidade. 

Você não contava vantagens, nem fez gols incríveis, nem foi o melhor da turma da escola. Mas descreveu animais e passarinhos que eu jamais verei, exceto nos livros. E me mostrou que era fácil aprender qualquer língua quando se tem objetivo e força de vontade. 

Você não era um exímio nadador, não fez carrinho de rolimã, não tinha tempo pras pipas. Mas me ensinou a nadar, a ter paciência com o skate e a fazer uma pipa melhor, ao invés de correr atrás daquela que se perdeu. 

Você era bom em matemática e bom em português. E me ensinou na vida a adicionar valores e subtrair fraquezas, multiplicar sabores e dividir riquezas. E que a língua falada é mais objetiva que a escrita, pois essa primeira nos trás a realidade, e a segunda nos leva a sonhar. 

Seu eu sinto saudades? Claro que sinto! De tudo que você foi, de tudo que não tive coragem pra te pedir pra mudar, de tudo poderia ter sido melhor, de tudo que poderíamos ter feito nesse tempo todo que já não estás aqui. 

Ah, como eu queria que você tivesse participado na vida dos meus filhos. Dividindo a mesa de estudos. Contando histórias, falando de você. 

Como eu supro a sua falta? Com a lembrança doce do seu sorriso!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

TRADIÇÕES E VALORES




Recordo-me de andar quilômetros pra visitar o circo. E tentei não perder as visitas de nenhum deles. Encantei-me com os malabaristas, com os mágicos, com os bichos e com as palhaçadas. Tentei explicar magias complicadas e piadas simples. Pra suportar um dia-a-dia na corda bamba, só mesmo enchendo a vida de magia e gargalhadas. Hoje, o “Picadeiro” é vivo na memória de meus filhos, e em suas brincadeiras também.


Curti muito Hanna Barbera, A Pantera Cor-de-Rosa, Tom e Jerry e Mandachuva. Já passei horas vendo as falhas das armadilhas ACME. Esforcei-me pra imitar um dos anões da Penélope Charmosa, o Barney Rubble, o Catatau do Zé Colméia, O Tutubarão e o Salsinha. Encantei-me com Tarzan, Rei Leão, Toy Story, Monstros S.A. e Vida de Inseto. Vi umas 10 vezes, cada um. Contava a história dos 03 porquinhos em 03 velocidades, mas quem avisava sobre o “Lobo Mau” eram 03 lindos garotinhos aventureiros. Pra superar as dificuldades da vida real, porque não um pouco da criatividade dos personagens em quadrinhos!? Hoje, a amizade e o carinho de meus filhos são como Woody & Buss, Fred & Barney, Timão e Pumba.

Vislumbro os caminhos de patinha de coelho, feitos com 04 dedos da mão, polvilho e água. Comprei Coelho de verdade, pra deixar solto dentro de casa. Inventei que, por uma magia da páscoa, quando o coelho é visto pelas crianças se transforma em lebre. Escondi ovos e chocolates pela casa, pra brincar de “choco esconde”. Pra suportar a amargura dos maus momentos, porque não a docilidade de uma mascote e a doçura de um chocolate? Hoje, a “Páscoa” é presente na vida de meus filhos, e seu significado também.

Já pintei bigode e vesti camisa xadrez e chapéu de palha. Botina de roça e calça remendada. Horas a fio ajudando a “arrumar” 03 crianças pras festas juninas. Família reunida pra comer canjica, cuscuz e pé de moleque, tomar quentão, brincar de pescaria e correio do amor. Dançar muito e jogar conversa fora. Pra sobreviver à dureza e brutalidade da “Selva de Pedras”, que tal algumas doses do aconchego da roça e da inocência do caipira? Hoje, o significado bom de “quadrilha” está presente na memória de meus filhos e “dançar” significa bailar durante uma música.

Lembro-me de ter deixado o chuveiro aberto, pular janela, disfarçar a cama, tudo pra desfilar na sala vestido de Papai Noel, pra que meus filhos tivessem certeza que "Eu" não era "Ele". Já expliquei que só pode olhar, porque Papai Noel tem pressa e se ficar conversando atrasa os presentes das outras crianças. Já fiz caminho de pólvora, pra sumir na fumaça depois de deixar os presentes. Já coloquei barriga postiça e já tive que murchar a minha, pra Papai Noel não parecer gordinho demais. Pra digerir as injustiças sociais, nada melhor que compartilhar. Hoje, O Natal é vivo na memória de meus filhos, e em suas atitudes também. 

Já fiz 1.000 coisas pra que essas tradições não se perdessem e para que meus filhos possam lembrar e repetir com meus netos, quando eles vierem. Às vezes, tradições e valores andam de mãos dadas. E quando um se perde, leva o outro a tiracolo. Perpetuar BOAS tradições e transmitir valores é contribuição positiva para um futuro menos incerto. E possivelmente mais justo!

domingo, 12 de agosto de 2012

CAMARÕES "YIN YANG", EM ÁGUA DE COCO



INGREDIENTES:
03 quilos (limpos) de camarões VG
750 ml de água de coco
150 ml de molho acridoce
02 colheres de alho triturado (sobremesa)
02 colheres de mostarda amarela (sobremesa)
02 colheres de sal (café)

MODO DE PREPARO:
Dilua o sal, a mostarda e o alho na água de coco até obter um LÍQUIDO homogêneo. Mergulhe os camarões e deixe marinar por 04/06 horas.

Retire os camarões e reserve o LÍQUIDO. Arrume os camarões em pares em formas, contrapondo-os de forma a obter o desenho "Yin Yang". Regue as formas com uma xícara do LÍQUIDO e leve ao forno pré-aquecido por 15/20 minutos. Cubra as formas com papel alumínio.



 Retire os camarões com uma espátula (cuidadosamente para não desfazer os pares) e rearrume-os numa travessa refratária (descarte o MOLHO que sobrar), acrescente o molho acridoce e leve ao forno novamente por 05/10 minutos.

Serve 10 pessoas com tranquilidade. Prepare-se para um sabor inquietante. 





DE PAI PRA FILHO, DE FILHO PRA PAI

DE PAI PARA FILHO:



Lembro-me como se fosse hoje. Era a transição do inverno para a primavera, em setembro de 1985. Eu me encontrava na casa de meus pais, no interior de Minas, durante as férias. Às vésperas do derradeiro dia, meu Pai me chamou num canto. Retirou na velha estante um livro (“Eram os Deuses Astronautas”, se bem me lembro) e de dentro dele alguns recortes de jornais e revistas. Uns amarelados pelo tempo e outros mais recentes. Poucas palavras foram ditas; “mensagem a Garcia”. 



Em 1953, um jovem ornitólogo (Johan Dalgas Frisch) havia realizado seus sonhos e publicara a mais completa obra sobre a ornitologia brasileira. Um guia completo sobre as principais famílias de pássaros naturais do Brasil. O pai dele passara os 30 anos anteriores desenhando meticulosamente as imagens publicadas naquele livro. Para meu Pai, a aquisição daquela obra era vital. Havia tentado comprá-la a qualquer custo. Havia atirado em diversas direções: correspondências para livrarias, gráficas, editoras e para o autor. Os velhos e novos recortes de jornais comprovavam suas tentativas e rasteavam o histórico da obra. 

Por aquele tempo, Ele havia descoberto uma nova edição. Para colecionadores e estudiosos. Encarregou-me, naquele momento, de comprá-la. Morando em uma cidade maior e com incursões constantes ao Rio de Janeiro e a São Paulo, haveria de ser mais fácil. Quase uma barbada. Como bom filho, compartilhei do seu sonho e tomei para mim a obrigação de realizá-lo. Algo tão importante para meu Pai (e meu melhor amigo) haveria de ser bom para mim também.

Durante 15,5 anos (10/1985 a 06/2000), visitei todas as livrarias, sebos, editoras, mostras de livros, exposições, ambulantes, bibliotecas etc, onde eu pudesse ao menos ter um rastro do tal livro. Fiquei obcecado pela necessidade de concretizar o sonho de meu Pai. Durante todo esse tempo, duas pistas: - (i) a Biblioteca Nacional possui uma única peça, guardada entre os livros raros, à qual não tive acesso e (ii) uma coletânea das gravações dos cânticos daqueles pássaros havia sido reproduzida em CD, também como resultado das pesquisas de campo do jovem Dalgas Frisch. Comprei-a e presenteei meu pai.

Eis que, em Julho de 2000, voltando de um cliente pela Rua do Carmo, no centro do Rio de Janeiro, entrei num sebo dali. Procurava uma outra obra, infantil, para meus filhos. Como de costume, perguntei pelo sonho de meu Pai. E lá estava ele, o livro. Perfeito, sem amassas, sem dobras, sem anotações. Eu o comprei quase sem perguntar o preço. Um sentimento de “missão cumprida” preencheu minha alma e eu pude sentir o orgulho extremo da perseverança. 

Meu pai faleceu em outubro de 1998, e nunca teve o livro em suas mãos. Mas isso não me tirou a vontade de adquiri-lo. Ao contrário, tornou-se um propósito. Ainda que ele não pudesse mais contemplar suas páginas não importava, porque muitos anos atrás eu lhe comprara o sonho e a missão de realizá-lo. E isso só lhe bastou.

DE FILHO PARA PAI:



Por essa história e tantas outras, eu lhe rendi essa homenagem:


MEMÓRIAS DE UM VELHO PAI

Lembro-te de chapéu aprumado 
Imitando gato e passarinho 
E “corto aquele dobrado”. 
Veleidade do seu carinho. 

Carinho que não foi pedido 
Ou você que não soube dar 
Mas isso agora é passado 
Não podemos remediar 

Os livros em sua estante 
As páginas todas marcadas 
Lembranças de cada instante 
Leituras sempre inspiradas 

Da encomenda de um livro 
Que eu buscasse nas livrarias 
Que levasse sempre comigo 
A certeza que o querias. 

Em vida não foste além. 
Foi Deus que determinou 
Sua vontade, porém, 
Nem mesmo a morte levou. 

Digo-lhe meu pai querido: 
Que o livro eu encontrei 
Guardei-o aqui comigo 
Tu não o viste, eu sei! 

Um dicionário catalogado 
Das aves desse Brasil 
Que certo Frisch inspirado 
Num livro reproduziu. 

O melhor entre os livros meus 
Pra folhearmos com carinho 
Meus olhos serão os teus 
E minhas mãos, seu caminho.

"FELIZ E ABENÇOADO DIA DOS PAIS, PRA VOCÊ QUE AINDA O TEM EM VIDA OU QUE GUARDA COM MUITO CARINHO E RESPEITO AS MEMÓRIAS DAQUELE QUE JÁ PARTIU"

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SER PAI É.........





Já acordei de madrugada pra dar mamadeira e troquei frauda sem sentir nojo. Porque ser pai é tentar descobrir como ser mãe. Ensinei cada um deles a nadar, e a perder o medo de mergulhar em águas profundas quando se confia em alguém. Já dormi com todos eles no peito, porque calor de pai debela a febre e atrai os anjos. 

Já levantei ao alvorecer para ver o sol nascendo no Leme, pra que um filho tivesse visões diferentes do mundo, desde criança. Desmarquei reunião importante pra cumprir tarefa escolar, empinando pipa com outro filho em Camburi. Já sai de casa mais tarde e já cheguei mais cedo, porque o caçula precisava de mim. 

Já coloquei peixe no anzol escondido, pra que meus filhos descobrissem o prazer de pescar por si. Já desci pra correr descalço na enxurrada e pra tomar banho de chuva, porque ser pai é ser surpreendente e irreverente, sem deixar que notem o irresponsável. 

Já regozijei pela conquista de um vestibular, mas também morri junto por uma reprovação. Porque ser pai é sorrir sempre, mas chorar junto quando for necessário. 

Já fiz gol de placa, cesta de 03 pontos, mergulho de barriga, prato predileto. Porque ser pai é ser eclético. Já mandei torpedo no meio do dia, pelo simples prazer de dizer: “Papai ama vocês”. 

Ser pai é ofício de ourives, que junta grãos de ouro pra transformar em jóia rara. Que lapida o diamante para que ele brilhe e se valorize. Ser pai é trabalhar mais que o necessário, por duvidar da própria capacidade ante o medo de que algo falte pros filhos (ingenuamente deixando escapar que o que realmente lhes falta somos nós mesmos). 

Ser pai é tentar fazer de um filho alguém melhor que a si mesmo.


(Autor: Mozart Boaventura)

domingo, 5 de agosto de 2012

ESPAGUETE À BOLONHESA



INGREDIENTES:
01 pacote de espaguete (01 quilo)

01 quilo de colchão mole moído
03 tomates bem maduros
01 lata de tomates "pelati"
01 cebola pequena
Alho e óleo de girassol
Manjericão

MODO DE PREPARO:

Enquanto ferve a água para o espaguete, refogue o alho ao óleo, em fogo baixo. Acrescente a cebola e deixe dourar. Acrescente a carne e refogue em fogo normal, mexendo sempre. Enquanto seca um pouco a água da carne, corte os tomates frescos em pedaços pequenos e acrescente no molho. Acrescente por último os "pelati" cortados em pequenos pedaços. Deixe cozer em fogo baixo e acrescente manjericão (sal a gosto)


Acrescente uma xícara de azeite na água fervente, uma colher de sal e cozinhe o espaguete: 08 a 10 minutos (NO MÁXIMO). Escorra o macarrão e sirva quente. Acrescente o molho e enfeite com folhas frescas de manjericão.


Um bom vinho é indispensável





TEMPO E QUANTIDADE:
30 a 40 minutos. Serve (bem) 10 pessoas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"UM CADINHO MIÓ"





Já rodei muito na vida,
Quase o Brasil inteiro
Estradas do norte e do sul
Sem ter nenhum paradeiro.
Mas vou contar uma coisa
E nisso sou bem verdadeiro
Se o mineiro sai de Minas
Minas nunca sai do mineiro

E não pode sair mesmo
Digo de um jeito maneiro
Depois de conhecer o Brasil
Eu posso dizer bem faceiro
Que quem conhece Minas,
Conhece o Brasil inteiro
E orgulhar-se de ser de Minas
É orgulhar-se de ser brasileiro.

Veja o Norte de Minas
Igual a cearense Icó
Tanta seca e pobreza
Que faz qualquer um sentir dó
Aquele calor e secura
Lembra o sertão Seridó
Ali é praticamente o Nordeste.
Só que “um cadinho mió”

Sim, Minas também tem nordeste
Jequitinhonha, dizia minha avó.
Gente aguerrida e guerreira
Que sempre agüenta o jiló
Mas que sabe descansar sossegado
Pescar, esperar o anzol.
Parece o povo baiano
Só que um “cadinho mió”.

Mas é no vale do Mucuri
Que a terra parece de um faraó
Lá tem gente honrada e honesta
Que não vai para o xilindró
Lá o pessoal aproveita de tudo
Dá valor até ao mocotó
Parece muito a Paraíba
Só que é um “cadinho mió”

E o povo do nosso Rio Doce
Povo moreno queimado do sol
Mas que trabalha na terra
Quieto poupando o gogó
Naquelas terras bonitas
Canta alegre o curió
É um pedaço do Espírito Santo
Só que um “cadinho mió”.

E na zona da Mata
Antes, lá era o cafundó.
Hoje tem gente que pensa
Que lá só é festa: samba, baião, carimbó
Mas lá se trabalha bastante
Não pense que é só futebol
Lá é igual o Rio de Janeiro
Só que um “cadinho mió”.

E o nosso sul de Minas
Perseverante como o profeta Jó
Gente que não teme o trabalho
Num labor de sol a sol
Terra de gente importante
Vestida de gravata e paletó
Parece o povo paulista
Só que um “cadinho mió”.

E o povo cafeeiro
Com os pés sujos de pó
Não têm medo de nada
Neles ninguém dá o nó
Café com leite no Brasil
É o nosso grande xodó
Parece o sul de Brasil
Só que um “cadinho mió”

O povo do Triangulo
Que usando um braço só
Derruba um boi pelo chifre
Faz dele um simples totó
È um povo esperto e matreiro
Que não perde tempo fazendo filó
Igual o povo do Mato Grosso
Só que um “cadinho mió”.

E nas nossas Cidades Históricas
Tudo no estilo rococó
lugar de gente ilustre
Tiradentes, Juscelino, Zé Arigó
Terra de revolução e de luta
Inconfidência, revolta, quiproquó
Poderia ser a capital do país
Só que um “cadinho mió”

E no Alto Paranaíba
Café, pães de queijo e de ló
De frutas gostosas, o abricó
Lugar de aves campeiras
A ema, o pavão, o carijó
Lugar de festas famosas
Rezas, danças, forró
Parece muito Goiás
É só um “cadinho mió”.

Se em Minas está o Brasil
Em Belo Horizonte o Brasil é um só
Mineiro de todos os lados
Juntos, amarrados com grande nó
Aos pés da serra do curral
Pertinho da serra do cipó
Não deve nada pra nenhuma capital
Só que a nossa é MUITO E MUITO MIÓ.

(Autor desconhecido)