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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

UM HALLOWEEN DE MAGIAS





De bruxa tu nada tens
Tampouco a ingresia
Não vamos ficar reféns
Sem festejar o seu dia

Não tens verruga no rosto
Nem na ponta do nariz
O amor lecionas com gosto
De ti sou mero aprendiz

Avessa a magia e poções
Só manipula as virtudes
Comportamento e ações
Te multipliquem a saúde

Montar vassoura, que nada
Tu montas cavalos brancos
Igual princesa encantada
A proteger nossos flancos

Além de um paradigma
És feiticeira em mim
Magias de puro enigma
Festejo no Halloween

Um bruxo Eu queria ser
Pra sempre te enfeitiçar
E às luz da lua poder
Em teus encantos bailar

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CALE-SE, ABSTÊMIO POLITICAMENTE INCAPAZ


Que se cale todo e qualquer cidadão brasileiro que, estando apto a exercer sua cidadania, NÃO VOTOU OU ANULOU SEU VOTO CONSCIENTEMENTE Que não levante bandeira, que não desfralde cortinas, que não levante a voz. Que não critique quem, demonstrando ombridade e parcialidade, votou! Que se recolha ao quarto escuro de sua indiferença.

Aliás, que sua voz seja ouvida apenas nas frentes de TRABALHO, porque na frente da batalha se acovardou. Se não votou por um bom motivo, justifique-se. Ao seu Tribunal Regional Eleitoral e não aos seus amigos, colegas e parentes.

Que se cale diante da carga tributária, das reformas política, previdenciária, penal ou eleitoral. Que se cale diante dos escândalos. Perdeu seu direito de reivindicar ao eximir-se da responsabilidade de escolher seus governantes.

A ABSTENÇÃO no Sudeste é, no mínimo, IRRESPONSÁVEL. Não venha me dizer que o NORDESTINO é isso ou aquilo. Que o BOLSA FAMÍLIA é um cabresto de votos. Que o Petista é inconsequente ou irracional. Todos eles, em suas castas, em seus "clusters", compareceram às urnas. EM MASSA, demonstrando, de alguma forma, sua gratidão, sua aderência, sua convicção, sua ideologia. Alguns tem medo de perder, outros tem sede de ganhar. Mas todos tiveram CORAGEM de votar. Que se cale todo aquele que não votou!

Você que não votou não representa ninguém na política! Nem a si mesmo diante de sua ideologia covarde!! CALE-SE pelos próximos 04 anos. Ainda que queira se expressar por impeachment ou algo que o valha, você não tem esse direito!

Se a sua forma de dizer "não tenho nada com isso" é se abster de votar, CALE-SE! Você jogou seus direitos políticos na lata do lixo. E com sua pretensa insurgência, jogou junto meu respeito por você. A cachaça que você se recusou a beber, tornou-se a MINHA ressaca. Portanto: CALE-SE!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O AMOR REAL E O IMAGINÁRIO




De que me adianta:


Te amar com fronteiras? Te admirar do outro lado do muro? Cultivar minha grama sem a sua atenção? Plantar rosas que eu não possa colher pra você?

Pra que me importa:

O imaginário, se o real for inatingível. Sonhar e alimentar a alma, se o corpo padece de fome. A fome do seu olhar, do beijo seu. A sede da sua voz, dos seus perfumes. O brilho dos teus pensamentos, a ausência dos seus costumes.

Que bom seria:

Se nossa fronteira fosse o infinito. Se os muros fossem imaginários, como os limiares territoriais, como os contornos dos corpos que teimam remembrar divisas. Se a grama do meu jardim ornasse as tuas calçadas. E as árvores, arbustos, flores e rosas que plantei, fossem por ti regadas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

CRÔNICAS DA VIDA REAL - As dualidades do "CAIXA 2"


Eram dois amigos inseparáveis. Como carne e unha, queijo e goiabada, pés e havaianas, dedos e alianças, céu e estrelas.Cresceram juntos nos sertões das Minas Gerais. Amigos de escola e pipa; e companheiros de pelada. Inseparáveis nas pescarias de rio, córregos, riachos ou lagos. Adversários na finca, bolinha de gude e pião, pregavam a filosofia "Gersônica" de que a fruta do vizinho é sempre mais gostosa!

Cabeças diferentes, pensamentos distintos, um se embrenhou na área agrícola e o outro nas ciências econômicas!

De poucas palavras e visão madura, o agricultor prosperou. Tinha anseios de alimentar o mundo! Adquiriu terras, plantou culturas permanentes e temporárias. Adquiriu implementos e máquinas agrícolas; e logo uma pequena frota de caminhões que lhe permitia escoar suas produções para os melhores mercados consumidores. Tornara-se um próspero fazendeiro e agricultor, cujo sucesso só era comentado nas rodas de amigos e familiares, dado ser um homem reservado e honesto!

Na outra vertente, de diálogo fácil e carisma latente, o economista também prosperou. Tinha visão de consertar o mundo. Fazia campanhas sociais, projetos de melhoria de vida e distribuição de renda, usando todo seu conhecimento e aparato midiático. Empresário de mídias e frequentador das colunas sociais, foi logo ascendido à vida política!

Percebendo sua oportunidade de galgar cargos mais altos, o Político procurou o amigo Agricultor, oferecendo-lhe uma aliança: Defenderia projetos e leis para a área agrícola caso o amigo ajudasse no financiamento de sua campanha eleitoral. Nada extraordinário, mas os recursos não poderiam ser contabilizados, por questões estratégicas.

Então, o Agricultor vendeu, NO MERCADO INFORMAL, as caixas de papelão, sacos e outros descartes dos insumos que adquiria, além dos produtos colhidos, de boa qualidade, que não serviam para remessa direta para os mercados consumidores. Em 01 ano juntou quase R$ 500.000,00 e repassou ao Político, que fomentou sua campanha.

Eleito, o Político de fato buscou aprovar projetos e leis voltadas para a área agrícola. Mas 04 anos depois, numa manobra arriscada, teve sua idoneidade colocada a prova e sua vida financeira devassada. Os RECURSOS NÃO CONTABILIZADOS vieram à tona e, acareado em plenário, divulgou sua origem. A explicação foi aceita e sua vida politica seguiu em frente.

Por seu turno, o Agricultor teve também a vida financeira devassada. Acusado de formação de CAIXA 2, recebeu autos de infração de tributos que, somados, superavam em muito o montante destinado à companha do amigo. Investigado pelo Ministério Público, foi denunciado por lavagem de dinheiro e crime contra o ordem econômica. Teve seu nome, até então ilibado, jogado na sarjeta e sua credibilidade assoreada pela lama dos inconformados e invejosos.

Assim é o Brasil hoje. Na VIDA POLÍTICA o que chamamos de CAIXA 2 é tratado como "Recursos não contabilizados", e não passa disso. Na VIDA EMPRESARIAL, o CAIXA 2 pode ser configurado crime sujeito a reclusão de 03 a 10 anos, sonegação fiscal e previdenciária e crime de falta de caráter contra a sociedade.



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A MULHER E A FLOR



Todos os dias uma nova flor se abre. Milhões delas. De todas as cores, formatos e tamanhos. Odores, textura, sabores e sensualidade. Florescem nos lugares mais acessíveis, mas também nos mais inóspitos. No rasteiro das areais e nas copas da árvores. Na superfície das águas e nos cumes das montanhas.


Não se abrem somente porque a natureza precisa de beleza, de cores e de encantamento. Não se abrem porque a flor é vida, é recriação e procriação. Não se abrem exclusivamente pros colibris, ou pras abelhas, vespas, borboletas, mariposas e outros insetos.

As flores não se abrem por VAIDADE ou por LUXÚRIA. Mas por HUMILDADE e DESAFETAÇÃO. Por INOCÊNCIA E CANDURA. Porque a vida só explode diante das vestes de suas pétalas, descortinando as lindas formas femininas de suas sementes.


Uma flor não se abre porque a natureza lhe fez com a querença de, um dia, ser mulher. Mas ela se abre porque, todos os dias, todas mulher merecem uma flor.