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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O AMOR REAL E O IMAGINÁRIO




De que me adianta:


Te amar com fronteiras? Te admirar do outro lado do muro? Cultivar minha grama sem a sua atenção? Plantar rosas que eu não possa colher pra você?

Pra que me importa:

O imaginário, se o real for inatingível. Sonhar e alimentar a alma, se o corpo padece de fome. A fome do seu olhar, do beijo seu. A sede da sua voz, dos seus perfumes. O brilho dos teus pensamentos, a ausência dos seus costumes.

Que bom seria:

Se nossa fronteira fosse o infinito. Se os muros fossem imaginários, como os limiares territoriais, como os contornos dos corpos que teimam remembrar divisas. Se a grama do meu jardim ornasse as tuas calçadas. E as árvores, arbustos, flores e rosas que plantei, fossem por ti regadas.

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