Por longos anos caminhei
Desde antes de minha infância
De engatinhar me cansei
Pra caminhar tinha ânsia
Mão estendida convidou
Olhos soltos como seixos
Meu corpo inteiro vibrou
Pairei de pé no meu eixo
Meus passos não tinham firmeza
Minha perna não correspondia.
Mas um pai com sábia destreza
Meu caminho já conduzia.
Brincar de pipa e pião.
Futebol, casinha e boneca.
Mais parecia um irmão
Lançando-me a peteca.
O tempo passou sorrateiro
Meu pai se tornou um velhinho
E esse futuro arruaceiro
Embaraçou-lhe o caminho
Olhando a estrada de frente
Não vejo mais nada confuso
Relembro o ontem presente
Pois hoje sou Eu que o conduzo
Poema de: Mozart Boaventura Sobrinho
Em homenagem a: Iara Ferraz e Silva e seu Pai
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