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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EMBARGOS



Às vezes me mostro altivo! Meus pensamentos me confundem, minha personalidade se enaltece e minha voz se exalta!


Pareço ser raridade na multidão! Uma carpa imperial desfilando no cardume de lambaris! Um canário belga na revoada de pardais! A última Pepsi Cola do Atacama! Meu interior de floresta amazônica parece ter sido acomodado numa caixinha de fósforos.

Minhas pernas vergam, meus ombros arqueiam, meu próprio peso se torna insustentável, e minha empáfia faz minha moral sucumbir.

Uma força sobre-humana me aterroriza, um sentimento de culpa me acomete, meu interior de relógio de pulso parece ter sido acomodado na embalagem de um campanário! Minha voz embarga e minha consciência se restabelece!

Que nossos altos e baixos sejam medidos pela nossa humildade! E nossos embargos sejam lições de vida. E nossa embalagem seja proporcional ao nosso conteúdo.

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