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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CRÔNICAS DA VIDA REAL: O GALO CONTINENTAL



O curso da história finalmente parecia ter mudado. Anos e anos de espera, de devoção, de acompanhamento fervoroso pareciam ter sido finalmente premiados. O GALO chegava às 4as de final da COPA LIBERTADORES em condições nunca antes tão favoráveis: (a) melhor campanha na fase de grupos; (b) Melhor ataque; (c) Defesa menos vazada; (d) D) Duas vitórias convincentes sobre o "papão" São Paulo nas oitavas.

Time confiante, bem armado, veloz, matador. Passar pelas 4as de final parecia uma missão tranquila. PARECIA!

Veio o TIJUANA, time aguerrido e bem disposto que na partida de ida poderia ter liquidado a fatura, com um placar elástico que felizmente não ocorreu no primeiro tempo, diante de um Atlético visivelmente exaurido pelas 20 horas de viagem até o estádio de Caliente (México). No 2o tempo o time se encontrou e, alheio as adversidades de um campo de grama sintética,conseguimos um histórico empate em 2x2. Primeiro milagre de Cuca, colocando o reserva Luan, que arrancou o empate com puro oportunismo. O jogo de volta, no horto seria mamata. SERIA!?

O TIJUANA saiu na frente no 2o jogo, com uma pintura à là DIEGO RIVERA(1). E apesar de o GALO arrancar o empate, não conseguiu superar a forte e competente marcação do adversário. A torcida havia vestido a máscara do pânico, mas o pânico se viu durante poucos minutos nos rostos do todos os atleticanos: Pênalti para o TIJUANA, aos 46 do 2o tempo. Bastava converter e o GALO daria adeus a seu sonho. Mas veio a grande surpresa e o primeiro milagre de SÃO VICTOR. DEFENSA impressionante com os pés.

Veio a semifinal contra um aparente frágil NEWELL OLD BOYS. APARENTE?

Time que eliminou o papão BOCA JUNIORES nas 4as de final e campeão do 1o turno do campeonato argentino, armou-se muito bem em Rosário (Argentina) e arrancou na frente com um 2x0, com direito a um GOLAÇO de falta de Scocco. Também uma pintura, dessa vez a lá PRILIDIANO PUEYRREDÓN(2). O jogo de volta, no horto, poderia complicar. COMPLICAR!?!?

O time entrou bem armado e de cara abriu o placar. Mas os minutos avançavam impávidos e o 2o GOL insistia em não sair. Foi a vez de Cuca operar seu 2o milagre, mexendo de forma ousada no time, para que desa vez pudesse brilhar o reserva Guilherme, com um GOLAÇO de puro oportunismo e pontaria certeira.

Vieram os pênaltis e o time que batera o BOCA com incríveis 10 x 09 (13 cobranças de cada) sucumbiu ante o 2o milagre de São Victor, defendendo a 5a cobrança argentina, pelo carrasco Maxi Rodriguez.

Chegamos à final contra outro "papa títulos": O OLÍMPIA do Paraguai. O jogo de ida, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, foi perdido por novo e sofrido 2 x 0, com direito a gol de falta de Pittoni aos 48 do segundo tempo. Uma pintura tosca, porém eficiente, a lá JULIÁN DE LA HERRERÍA(3). O jogo de volta seria uma batalha épica, como o foi a própria Guerra do Paraguai(4).

No Mineirão, com a Gols de Jô e Leonardo Silva, garantimos o direito à decisão nos pênaltis. Pré-destinado a operar seu 3º milagre, Victor defendeu a primeira cobrança e a 5ª e última cobrança do Olímpia carimbou a trave, dispensando com humildade e carinho a derradeira cobrança do GALO, por Ronaldinho.

Um público presente de 56.557 torcedores e a maior bilheteria da história do futebol brasileiro (R$ 14.176.146,00), além de ter rendido à Rede Globo Minas 41 pontos de audiência e 69% de participação na grade televisiva do horário do jogo, números superiores aos eventos esportivos do UFC. Milhares de atleticanos ansiosos, crentes e merecedores de um título histórico grandioso. Até 03 gerações de famílias se acotovelando nas arquibancadas para, enfim, ter o direito de bater no peito e soltar o grito há décadas represado na garganta e no coração:


É CAMPEÃO DOS CAMPEÕES
(NÓS SEMPRE ACREDITAREMOS).





E, assim, chegamos ao mundial de clubes, com a humildade de quem quer vencer mais.
  1. Diego Rivera foi um dos maiores pintores Mexicanos, nascido em Guanajuato em 8 de dezembro de 1886 e falecido em San Ángel, Cidade do México, em 24 de novembro de 1957. Nome completo: Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez.
  2. Prilidiano Pueyrredón Era arquiteto e engenheiro e foi um dos maiores pintores Argentinos, nascido em 24 de janeiro de 1823 e falecido em 3 de novembro de 1870. Conhecido pela sua sensibilidade costumbrista e preferência pelos temas do cotidiano.
  3. Julián de la Herrería foi um dos maiores pintores Paraguaios, nascido em Asunción, Paraguay, em 3 de mayo de 1888 e falecido em Valencia 11 de julio de 1937. Nome completo: Andrés Campos Cervera.
  4. Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul. Ela foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do Brasil, pela Argentina mitrista e pelo Uruguai florista. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.

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