Traduzir esta página

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A ROSA E O BEIJA-FLOR


Quantas vezes visitei suas origens, suas folhagens, seus botões. Fiz da tua roseira minha passagem obrigatória e de teus galhos meu repouso, meu acalanto.

Quantas versões suas eu vi desabrochar e tantas vezes lhes colhi o néctar, a essência, o pólen, a perpetuidade, na esperança que um dia seria você entre minhas asas.

Em meus voos, sempre te imaginei viçosa, vicejante, pétalas expostas ao sol, como escultura cheia de vida. Mas por ter chegado tão cedo, prematuro, e te encontrar ainda fechada, sem vontade de me mostrar sua formosura, é que aprendi a voar de costas.

Única forma que encontrei de não dar meia volta diante de seus novedios. Única maneira de não desviar os olhos de ti; e diante de uma vigorosa eclosão de talentos e cores, presenciar o desabrochar das suas virtudes!

Me fiz beija-flor pra aprender voar ligeiro; e sua rosa polinizar primeiro!


segunda-feira, 20 de junho de 2016

O ELEVADOR PARA O CÉU


Imagine, apenas por hipótese, que o meio de transporte para o céu sejam ELEVADORES!

E o que nos leva até as portas deles são a nossa obra, o conjunto de nossas ações!

Assim, quando uma dessas portas se abrir pra você, e você ouvir a palavra DESCE, não culpe a vida pelas suas escolhas!!!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

DO QUE VOCÊ SE LEMBRA QUANDO PASSA AQUI??


Lembro de dia apertado!
Desafio de vida!
Acordar assustado
Início de manhã corrida

20 anos vividos
Estrada por percorrer
Planos todos cingidos
Nada por descobrir

Lembro de liberdade
Decidir o próprio destino
Pouca e boa idade
Brincadeira de menino

Lembro de boemia
De música de esquina
De farra e cantoria
Paqueração de menina

Ciclo de vida de outrora
Desconhecia os futuros
Quisera que fosse agora
O amor gravado nos muros

As nossas convicções
De aparências concretas
Depois de tantos senões
Já não são mais descobertas

Constatações fascinantes
Os mesmos cantinhos da gente
Fomos nós os mutantes
O espaço: intransigente!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

QUANDO VOCÊ PASSA, SINTO CHEIRO DE CHUVA

Quando você passa, sinto cheiro de chuva!

Cheiro de terra molhada, de semente querendo brotar; cuja esperança de florescer acaba de ser renovada pela pequena gota que lhe agasalhou a inteira dimensão existencial.

Cheiro de gota de chuva ladeando matreira a encosta do nariz! Fazendo do meu rosto tobogã de boas lembranças!

Quando você não passa, sinto cheiro de estiagem! De capim seco, de fome, de sede e de boca seca! Sinto cheiro de chuva que precisa chegar, renovando as encostas e cobrindo a terra com tenro e suave cobertor de vida!

Interpreto a conexão de minha estiagem e suas águas como "vontade de fazer amor". Mas não dou asas à imaginação, porque o vento te levou as nuvens!

Quando você passou a 1a vez, Eu estava inerte! Semente fechada! Protegendo minha perpetuidade, mas sem intuito de acordar! Só a chuva acorda as sementes! E o sol as faz prosperar! Semente sem chuva e sol é como estrela no mar na areia, sem esperanças que uma onda lhe colha novamente a vida!!!

Quando você passa, e o cheiro de chuva me rodeia, me permeia, me preenche, me inunda (...), penduro na janela as flores que morrem no meu jardim, na esperança que sua ESSÊNCIA me ajude a reviver a parte fundamental de minha existência, que padece dentro de mim!!!



segunda-feira, 14 de março de 2016

AMIZADE É FELICIDADE



A vida se torna fantástica quando somos agraciados com uma amizade verdadeira!

Podemos até discutir, discordar, divergir! Mas o carinho que sentimos nunca se acaba! E quando parece haver um distanciamento, nos sentimos órfãos e buscamos a reaproximação! Pedimos até desculpas, mesmo sem termos transgredido coisa alguma!

Porque a vida é assim: muitas vezes a gente paga pra ser feliz!! Mas a ideia da existência humana: É SER FELIZ COM GRAÇA, E EM GRATUIDADE!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

FAROFA DE ATUM COM ACELGA


INGREDIENTES:
04 Atum em pedaços natural
08 folhas de Acelga (sem o caule)
100 gramas de farinha amarela
Salsinha e cebolinha picadas
01 cebola pequena
Azeite e sal rosa
Alho a gosto

PREPARO:
Dourar no azeite o alho e depois a cebola.
Acrescentar o atum em pedaços e fritar levemente.
Acrescentar o tempero verde e misturar bem.
Acrescentar a acelga cortada em pedaços.
Mexer até homogeneizar.
Apagar o fogo e acrescentar a farinha

SERVIÇO:
Forme uma torre numa forminha funda de silicone, debruçando o centro do prato.
Rodeie de vegetais frescos, cozidos e crus.

(Na foto: vagem, chuchu e batata cozidos; tomate e pepino crus).

domingo, 14 de fevereiro de 2016

ESCONDIDINHOS: DE FRANGO E DE CARNE SECA


INGREDIENTES:
02 a 03 quilos de aipim
01 peito de frango desfiado
400 gramas de carne seca desfiada
200 gramas de creme de leite fresco
300 gramas de tomates-uva cordados ao meio
350 gramas de queijo mussarela fatiado
40 gramas de queijo parmesão ralado fresco
01 alho poró médio
Salsinha e cebolinha
01 cebola grande
Alho a gosto
Sal rosa

MODO DE PREPARO:

Creme de aipim:
Cortar o aipim em pedaços pequenos, retirando a raiz interna de cada pedaço. Cozinhar com pouco sal. Bater com mixer numa travessa adequada, acrescentar o creme de leite e 10 gramas de parmesão. RESERVAR
Recheio:
Fritar o alho, a cebola e o alho poró (nessa ordem). Acrescentar o FRANGO desfiado, salsinha e cebolinha. Repetir o mesmo processo para a CARNE SECA. RESERVAR AMBOS
Montagem:

  1. Untar uma travessa refrataria com um fio de azeite.
  2. Despejar o creme de aipim até cobrir toda a extensão da travessa, com certa de 02 dedos de altura.
  3. Acrescentar o recheio.
  4. Saltear os tomates picados.
  5. Formar duas camadas de queijo mussarela, tomando cuidado pra cobrir todo o recheio.
  6. Cobrir com uma 2a camada do creme de aipim.
  7. Tampar com papel alumínio (ou saco plástico próprio) e levar ao forno médio por 30 minutos.
  8. Retirar da embalagem, salpicar o queijo parmesão e levar ao forno por mais 15 minutos.

Modo de comer:
Sem medo e sem vergonha!!!


P.S1.: A foto demonstra a preparação do prato, em 04 etapas distintas
P.S2.: No caso específico deste prato eu o montei em uma única travessa refratária GRANDE, dividindo apenas os recheios 1/2 a 1/2.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

QUERIDO 2016


Seja flexível, complacente.
Chegue muito paciente.
Não copie os precursores
Não voe, fazendo horrores.

Se tem que passar, passe!
Mas com cuidado e esmero.
Se não tem um norte: Trace!
Mas passe com muito zelo.

2015 voou
Mal lembramos seu fevereiro
Pudera, ele tropeçou.
Foi um ano traiçoeiro

Se não quer passar, paciência
Até dezembro pode ficar
Será a sua eloquência
Que nos fará te lembrar

Nos traga dignidade
Bons exemplos e honradez
Nos mostre a realidade
De um mundo com sensatez

Nos traga bons estadistas
Nos torne bons eleitores
Não queremos elitistas
Mas nobres Governadores

Se ao fim, não fores de ouro
Dê-nos a esperança
Que o 17 vindouro
Virá como a bonança

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

CRÔNICAS DA VIDA REAL: LIVROS, FILHOS, NETOS E HISTÓRIAS DA VIDA


Acredito que eu tenha começado a me apaixonar pela LEITURA lá pelos idos de 1972. Certamente, algumas influências básicas podem ajudar a explicar meu amor pela leitura:


  • Desde que me lembro como gente, presenciei e acompanhei Papai mergulhando, navegando ou flutuando dentro de livros maravilhosos, todos os dias, no "alpendre" de casa. As viagens de meu pai eram fantásticas; e eu embarquei com Ele tantas vezes, que talvez conhecesse decor as posições dos livros na estante;
  • Eu também via chegar livros em casa corriqueiramente, porque minha irmã e madrinha (Goretti), então com 14 anos, tinha aderido ao CLUBE DO LIVRO. Assim como Papai, ela também devorava livros, diariamente; e não se importava que eu embarcasse nas histórias e me encantasse com suas narrativas e personagens;
  • Por fim, naquela época muitas escolas públicas adotaram os livros da SÉRIE VAGA-LUME, como base das aulas de literatura estudantil. Uma sacada de grandes educadores, porque os livros eram mesmo fascinantes. E sempre serão!

A SÉRIE VAGA-LUME foi o meu primeiro mergulho na literatura, com saltos ornamentais. Entre 1972 e 1973, livros como "O CASO DA BORBOLETA ATIRIA", "O ESCARAVELHO DO DIABO", "A ILHA PERDIDA" e "ÉRAMOS SEIS", eram o deleite dos jovens devoradores de páginas, levando-nos ao delírio e fascinação!

Nos anos que se seguiram, dezenas de outros livros, de autores brasileiros, foram incorporadas à SÉRIE. E devorados em série, nas séries das salas de aula! Mas o que nos prende ao cerne dessa narrativa é outro intento: Em 1943, MARIA JOSÉ DUPRÉ publicou "ÉRAMOS SEIS", um livro sobre Dona Lola, seu esposo Julio, e os 04 filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel.

Quando ÉRAMOS SEIS foi lançado pela SÉRIE VAGA-LUME, em 1972, passava na TV TUPI a novela VITÓRIA BONELLI, retratando a vida de uma viúva, mãe de 04 filhos (Tiago, Mateus, Lucas e Verônica), que dá uma reviravolta na própria vida para garantir a sobrevivência de sua família.

E a partir então, acredito que eu já sonhava ter 04 filhos, pra escrever meu próprio romance real. Mais tarde, quando me casei, esperei pela chegada da Verônica. Não a tive, mesmo porque a década de 90 não permitia mais a divina irresponsabilidade de se ter 04 filhos. Mas vieram os meninos (Lucas, Mateus e Tiago).

Durante anos acreditei que Eu e meus 05 irmãos "ÉRAMOS SEIS". E mamãe parecia fazer fácil a missão de ser um somatório de VITÓRIA BONELLI e DONA LOLA, pela luta, persistência, perspicácia e instinto materno!

ÉRAMOS SEIS filhos na casa de meus pais. Apenas 03 filhos geraram netos pra minha mãe. Papai partiu em 25/10/1998 e minha irmã Madalena, Papai do Céu levou aos 31/05/2015. Cada um dos 03 irmãos genitores tiveram 03 filhos. Excetuando os meus, ainda jovens, os demais 06 já se casaram, e um deles já presenteou nossa mãe com dois bisnetos.

Filhos (e filhos dos filhos) que se casam trazem consigo sogros, sogras, cunhados. E ainda os pares e filhos de cada novo ramo que se agrega à árvore de nossas vidas! E é assim que as famílias atendem ao chamado das escrituras, Crescendo e multiplicando! Talvez seja isso, essa multiplicidade de almas, vidas e sorrisos que vamos colocando no bornal de nossa caminhada, que me faz recordar quando "ÉRAMOS SEIS".

E como se minha mãe tivesse partido dos SEIS guerreiros de DUPRÉ, percebo, com muito orgulho, que marchamos irredutíveis e irrefutáveis para chegar aos TREZENTOS, como os guerreiros de ESPARTA, como muitos livros ainda por devorar; e histórias pra contar!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

CINQUENTA E DOIS - mil motivos pra ser feliz


Outro dia mesmo era 26/11/1985 e eu vivia o vigor dos meus 22 anos! Praticamente 03 anos antes eu me mudara das altas terras de São Gotardo, no Alto Paranaíba das Minas Gerais, para a beira da praia e dos lindos coqueirais do Espírito Santo!

Lá deixei alguns amigos eternos, mas cá eu faria outros tantos, sem perder os primeiros! Eu acabara de conhecer a mulher que mudaria o curso da minha vida, pois nos anos que se seguiriam, ela me daria 03 lindos filhos, estabilidade financeira e apoio incondicional aos meus projetos!

Naquele ano, faleceram Rock Hudson, Orson Welles, Cora Coralina e o ex-presidente Médici. E embora o universo tenha levado Tancredo Neves, nos trouxe o primeiro Rock-In-Rio; e esperanças de dias de luta ao som das cordas e metais.



Mal me dei conta, já era 26/11/1995 e eu vivia a imaturidade dos meus 32 anos. Minha residência se mudara pro Leme, na Cidade Maravilhosa e, apesar da correria e tribulação do dia-a-dia, sempre sobrava tempo pra uma caminhada por Copacabana; ou ver o nascer do sol no Forte! Visitar o Jardim Botânico e inventar brincadeiras na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas! Tantos novos amigos, tantas belas lembranças!

Naquele período, a África do Sul ganhou a Copa Mundial de Rúgbi, o Brasil entrou de vez no mundo "Internético" e Steve Jobs, expulso da Apple, revolucionou a história do cinema em quadrinhos, financiando a PIXAR a produzir TOY STORY, que com meus filhos assisti tantas e tantas vezes.



No repente de um fechar de olhos, me vi em 25/11/2005, de braços dados com a maturidade das minhas 42 primaveras. Poucos anos antes, eu havia retornado do Rio para Vitória, no que pretendo ter sido minha penúltima mudança! Tempos de alternâncias, filhos querendo crescer, velhos amigos reconquistados. Veio ali a linda fase de me tornar amigo dos filhos de meus vizinhos, dos filhos de meus amigos e dos amigos de meus filhos!!

Naquele momento, Angela Merkel assumia o comando da Alemanha, tornando-se uma das maiores estadistas de todos os tempos! Em agosto o furacão Katrina arrasou New Orleans e em abril faleceu João Paulo II.



Quando terminei minha incursão por todos esses anos, me dei conta que o relógio marcava 00h01min: o primeiro minuto de 26/11/2015. E do alto dos meus vívidos 52 anos, tomado de assalto por tão doces lembranças, Eu sorri.

Durante toda a minha caminhada eu semeei, cultivei e colhi:
  • sorrisos e lágrimas;
  • deleites e dissabores;
  • pessoas e seus sabores;
  • convergências e divergências;
  • percepções e decepções;
  • méritos e deméritos;
  • elogios e desaprovações;
  • afagos e bofetões.
Atirei muita semente boa à beira dos caminhos; ou sobre a rocha; ou entre espinhos. Mas também atirei semente boa em terra sã. E ali, em cada ingênua semeadura, brotaram tênues ou calorosos relacionamentos. Como o Semeador, minha resiliência cultivou a minha Fé, preservou a Família e multiplicou o Amor.

E eis que hoje, em meu aniversário, me vejo brindando a mais suave de todas as bebidas, me alimentando do mais saboroso de todos os recheios e do mais doce e belo de todos os frutos da vida:

A SUA AMIZADE!