Eu fui do céu ao inferno
Buscando inventar algo novo
Observando verão e inverno
Querendo agradar o meu povo
Andando na passarela
Caprichando na alegoria
Evitando qualquer mazela
Buscando pura alegria
Meu samba não mete medo
Meu enredo não é novidade
Minha avenida é meu segredo
Me embalando pela cidade
Meu mestre desfila na sala
Na minha porta: a bandeira
Viajando de ala em ala
Sambando de toda maneira
meus carros são abre-alas
Seguindo a comissão de frente
E o samba exprime as falas
Da Evolução dessa gente
Esse ritmo quase louco
Que repica na bateria
De tanto cantar, fico rouco
E explodo em rara alegria
O Gênesis me deixa rotundo,
Me superei, criando o mundo!
Se me julgar, não leve a mal:
Deus inventou o Carnaval!
Poema de: Mozart Boaventura Sobrinho
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