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segunda-feira, 1 de julho de 2013

A MINHA VOZ QUE TE ECOA


Se eu tivesse direito,
Queria não ter defeito.
Pra me entregar com vontade,
Doando-me sem ambiguidade.

Sentir sua pele macia
Seu cheiro de fim do dia
Madeixas esvoaçadas
E as faces mal retocadas.

Te esperar aquém do chuveiro
Com fragrância de alfazema
Humor de gata ou abelheiro
Te amar sem nenhum dilema

Me recostar em meu leito 
Seu rosto apoiado em meu peito
Respiração em seu ápice
De quem deseja ser cúmplice.

Eu vejo mais do que prosas
Nos versos que te ofereço
E oferto mais do que rosas
Nos pleitos de recomeço

Já não sou tão eloquente
A palavra já não tem efeito
Meu canto é mais emergente
Que o brado preso no peito.

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