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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

AS ESTRELAS E SUAS LUZES; OS HOMENS E SUAS TRAJETÓRIAS


Uma estrela é uma grande e luminosa esfera de plasma que se mantém inteira devido à sua gravidade. Essa gravidade também mantém planetas e outros corpos celestes em sua órbita, formando sistemas planetários. Em decorrência da fusão do hidrogênio em seu núcleo, as estrelas são as maiores emissoras de calor de que temos conhecimento, cujo brilho ou luz se propaga velozmente pelo espaço sideral.

A luz viaja normalmente em linha reta, a uma velocidade constante de 299.792,5 quilômetros por segundo. Sua velocidade é tão incrivelmente absurda, que distâncias impensadas ou inalcançáveis são medidas em “ano-luz”, correspondente a 9,46 trilhões de quilômetros; ou 01 Ano Juliano (365,25 dias), ou: 365,25 dias x 24 horas x 60 minutos x 60 segundos x 299.792,5 quilômetros.

Ao mesmo tempo em que o Sol está a uma distância média de 150 milhões de quilômetros da terra, existem estrelas há bilhões de anos-luz de nós, como é o caso da recém-descoberta Z8-GND-5296 (13,8 bilhões de anos-luz de distância). O planeta Terra tem um raio de 6.371 km. Um pulso de luz percorreria do Polo Norte ao Polo Sul em 0,02 segundo, ou 1,26 segundos para viajar da Terra à Lua (quase a velocidade de dois piscares de olhos). Ou, ainda, menos de 8,5 minutos para percorrer a distância entre o Sol e a Terra.

Havendo uma fonte de energia durável, um único raio emitido viajará ininterruptamente pelo espaço até encontrar outro corpo celeste que o recepcione e absorva. Um raio ininterrupto de luz seria como uma linha que une o menino à pipa, a corrente que liga o navio ao cais, o cordão umbilical que vincula a Terra ao Sol. Nós os vemos mergulhar no mar, em dia de calmaria e águas cristalinas, como flechas em busca da areia.

A luz carrega em si o calor derivado de sua fonte, sendo ela a própria energia expelida por sua origem. Quando essa fonte de energia se esgotar e nenhuma luz partir mais daquele corpo celeste, os raios emitidos continuarão viajando pelo espaço com a mesma ousadia e valentia da primeira fagulha, do primeiro pulso, até que sejam absorvidos por uma partícula do universo.

Há corpos tão distantes de nós que, embora suas luzes e seus brilhos continuem chegando aos nossos olhos, é possível que já não tenham energia vital. Que não emitam mais luz há milhões de anos. Por isso, cientistas e astrônomos afirmam que boa parte das estrelas que vemos à noite já não está mais lá. Assim como há outras estrelas cuja luz ainda não chegou até nossos olhos. O céu estrelado que vemos não é verdadeiro céu que está lá.


Assim também são as pessoas, porque nós todos temos luz, própria ou adquirida por exemplos ou admirações. Alguns brilham mais, outros brilham menos, mas cada um de nós tem seu espaço nas galáxias da história. Nossa gravidade atrai outras pessoas, e nos prendemos uns aos outros por afinidade, como pequenos ou grandes sistemas estelares.

Algumas pessoas nos veem como estrelas. Seguem-nos, nos orbitam e se alimentam de nosso calor e nossa luz. Outras pessoas foram estrelas tão deslumbrantes que, embora não tenham mais vida, seu brilho e sua luz continuam orientando a vida e a trajetória de muitos de nós.

Ser estrela não é ser personalidade das mídias, nem atrair holofotes. Ser estrela é abrigar os mais frágeis e suscetíveis numa aura de luminosidade. É penetrar no interior das pessoas e lhes ascender o próprio núcleo. É emprestar sua luz para resplandecer as estradas da vida, cuidando para que seu calor seja suficiente para manter esperança e existência, mesmo na sua ausência. E que ao perceber o valor da sua luz você seja rápido e intenso ao propagá-la, num movimento permanente e contínuo de fulgor. Reconstruindo, revolucionando e revitalizando tudo à sua volta. Como a complexidade deslumbrante do BIG BANG ou a simplicidade esplendorosa de uma pequena estrela.

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