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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VOLTANDO ÀS NASCENTES



O rio que corre entre nós não terá sempre a mesma largura. Acima ele se estreita e se torna intimista e abaixo ele se alarga e a singeleza cede lugar à pujança.

Se algum dia nos depararmos no mesmo ponto, mas em margens opostas, eu te peço: não se afaste da borda, pra que não aumente a distância que nos separa. Talvez, olhando a partir de sua margem da vida, você possa anular essa distância. Nunca tome a orla como intransponível.

Eu te proponho então caminharmos juntos, rio acima. Porque em algum lugar, onde nascem suas águas claras que me fascinam, uma margem se juntará à outra.

O que são diferenças numéricas (distâncias) diante da intensidade dos sentimentos? O que é o tempo, senão meros espaços ininterruptos de sonhos? E porque ele não fica, ele apenas passa, leva consigo nossa juventude. E só aumenta a distância entre pessoas que não lutam para que ele se torne um veículo de aproximação e entendimento.

Tu és um barco que navega em meu oceano! Mas lembre-se: Eu me fiz mar apenas pra sustentar o teu casco e vê-la flutuar em minha face. Quanto tempo pretende navegar em mim, até que se liberte e possa me encontrar?

Se minha trajetória é ser MAR, estarei sempre pronto para o seu mergulho. Se for MARGEM o meu desígnio, estarei rio acima, te esperando nas nascentes.

2 comentários:

  1. Minha alma esteve saudosa desse cenário...vcê não escreve, pincela palavras numa tela...desenha paisagens! Impossível ler e não perceber aromas,cores,sentimentos se transformando em uma belíssima pintura... Parabéns!!!!

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    1. Maravilhoso quando alguém se emociona ou se encanta com qualquer coisa que escrevemos. Isso faz com que a vontade de produzir novos textos aumente cada vez mais. Muito obrigado pelas belíssimas palavras, seja lá quem for! :)

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