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segunda-feira, 9 de junho de 2014

GENTE DE VERDADE, SE MEDE POR DENTRO



Há indivíduos que parecem provas vivas de que, aparentemente, Deus poderia ter se confundido na concepção de suas embalagens!

São pessoas empacotadas a vácuo!  Se viessem ao mundo numa embalagem normal (como as que Eu ou Você fomos acondicionados), esses seres especiais teriam mais de 03 metros de altura, pra acomodar de forma justa todas as suas virtudes e seus dons.

Não por coincidência, são pessoas que transbordam carinho, amor e respeito! Um abraço apertado e o ambiente é inundado com odor de rosas, vindo de suas essências. Tem um amor próprio enorme e um amor impróprio infinito!

É bom que se diga que AMOR IMPRÓPRIO é o amor ao próximo, pelos desconhecidos, pelos desamparados, desguarnecidos. Um amor que não busca propriedade, não espera retorno, não se dá como investimento. Um amor de gratuidade, que brota em qualquer momento, pra qualquer pessoa, porém sem trocas e sem exigências.

Amam de tal maneira e com tal intensidade, que não tem tempo pra si mesmas!! Não constroem castelos, nem fortunas, nem patrimônio!! O que lhes afortuna são sorrisos e boas ações.

Possuem caixas forte repletas de gratidão, de agradecimentos, de méritos e de admiradores!! Isso lhes basta como patrimônio! Não ocupam cargos de comando, mas arrastam legiões de admiradores, seguidores ou meros fãs, porque o carisma lhes transborda a alma.

Nelson Mandela (1,83m) e João Paulo II (1,78m) não se sentiam apertados em suas “caixinhas”. Mas o que dizer de Martin Luther King (1,69m), Mahatma Gandhi (1,64m), Madre Teresa de Calcutá (1,52m) e Mamãe (1,48m)!? Talvez por isso suas inquietudes, dado o pouco espaço corporal pra acomodar o espírito e os dons.

Dicotomia entre o que é GRANDE e o que é PEQUENO. Incoerência de EMBALAGENS. Certeza de que nos pequenos frascos também se acondicionam grandes perfumes e convicção de que não importa a pequena estatura com que fomos concebidos, mas sim a vontade de realizar coisas grandes.

Na maioria das vezes me sinto desconfortável em meu corpo. As poucas coisas que realizei, os poucos méritos que colhi, os pequenos feitos que contabilizo, deixam meu conteúdo patinando dentro de mim mesmo. E eu busco, incansavelmente, ocupar esses espaços vazios que distam minha vontade da minha atitude. Mas sigo em frente, colidindo com as paredes internas de minha caixa, até que consiga me justificar como prenda ou dádiva.

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