Saudade é prato que se
come frio,
É pranto que escorre
quente.
É cântico que ecoa
vazio,
Nos cantos do coração
da gente.
Saudade é como puro
ácido,
Corroendo bons
sentimentos.
É fogo avançando
impávido,
Queimando vãos argumentos.
Sentir saudade é pureza,
Substantivo do amor.
Sinto falta de sua
beleza.
Sentir sua falta é
pavor.
Saudades de beijar a boca,
Que adorna seu belo semblante!
E se ouço sua voz rouca,
O corpo responde em rompante.
Que saudade mata, é
boato.
Alimenta-nos, nessa
corrida.
Se saudade matasse, de
fato.
Estaríamos mortos, em
vida.
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