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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SAUDADES




Saudade é prato que se come frio,
É pranto que escorre quente.
É cântico que ecoa vazio,
Nos cantos do coração da gente.

Saudade é como puro ácido,
Corroendo bons sentimentos.
É fogo avançando impávido,
Queimando vãos argumentos.

Sentir saudade é pureza,
Substantivo do amor.
Sinto falta de sua beleza.
Sentir sua falta é pavor.

Saudades de beijar a boca,
Que adorna seu belo semblante!
E se ouço sua voz rouca,
O corpo responde em rompante.

Que saudade mata, é boato.
Alimenta-nos, nessa corrida.
Se saudade matasse, de fato.
Estaríamos mortos, em vida.

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