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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

TEMPO DE FALAR E TEMPO DE OUVIR


Há tempos de DIZER e tempos de OUVIR. 



Nos tempos de DIZER a gente declama, reclama, observa, interpõe, opõe, discursa. Leva e elava a voz aos quatro cantos e a permite flutuar em todas as direções do vento, tanto quanto viajar nas ondas de rádio e na velocidade da luz. 

Os tempos de DIZER nos acompanham desde a primeira fala até a despedida final. Os tempos de OUVIR começam desde antes de nascer. Neles aprendemos a expressar e a compreender o amor. 

E é assim que, quando crianças, expressamos o GOSTAR por nossos pais, nossos avós e pessoas que nos cuidam, educam e ensinam. Quando adolescentes falamos pra dentro várias vezes, quando deveríamos dizer palavras para o mundo ou apenas para alguém especial. Quando nos achamos maduros distribuímos “te amo” pra uma ou outra pessoa que acreditamos ser única e eterna. E na boa idade aprendemos a devolver emoções, e nos empenhamos em amar sem medidas e de forma intensa, porque compreendemos a profundidade dessa sentimento.

Durante todo o tempo de DIZER vamos experimentando a força e a intensidade do OUVIR, do aprender e do sentir. E entre os grandes momentos de ouvir, há frases curtas, porém absolutamente certeiras e desconcertantes, como: “Estou gostando muito de você!”, "Te adoro", "você é muito especial", "nunca te esquecerei".

E ao ouvir algo assim, é como se as entranhas do universo se abrissem pra receber uma resposta, o ventre da natureza se preparasse pra conceber algo novo e o cosmo respondesse com fogos de artifício, replicando estrelas cadentes no teto do céu, como vaga-lumes celestes. 

Porque a harmonia entre um homem e uma mulher é o segredo guardado na arca da aliança. É a chave das portas da criação divina. É o “elo perdido” entre a ciência, a religião e o inexplicável. Assim mesmo: tão simples de OUVIR quando parece de DIZER!


Autor: Mozart Boaventura Sobrinho

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