Não é aqui que eu habito
É entre estrelas do firmamento
Não é no chão que pratico
Voar é o meu argumento
E alço vôos distantes
Dou asas a imaginações
E entre mergulhos rascantes
Eu colho constelações
Luz própria eu trouxe na testa
Mas é pouca pra minha missão
Eu colho estrelas em festa
Pra luz juntar de porção
É como candeia com lua
Que o brilho pouco ilumina
É como festa de rua
Sem roda de moço e menina
"Quando a noite esconde a luz
Deus acende as estrelas (*)"
Se ao teu brilho não fazes jus
Porque anseias em vê-las?
Espalho estrelas ao vento
Ansioso por vê-las brilhar
Mas vejo-te ao relento
Ansioso por te iluminar
Por isso as estrelas juntadas
Pois juntas são mais que um sol
E espalho-as nas suas calçadas
Pra não tombares no mal
E sigo despretensioso
Garboso mais que ninguém
Não posso ser orgulhoso
Lumiando passos de alguém
Texto de: Mozart Boaventura Sobrinho: 21a 23/09/2012
(*) Trecho atribuído a: Padre Fábio de Melo.
Lindo demais Mozart.
ResponderExcluirObrigado. De coração!
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